O governo russo confirmou nesta segunda-feira (1º) que um helicóptero militar do país foi derrubado na Síria. Todas as cinco pessoas a bordo morreram, segundo o Kremlin.

O helicóptero foi atingido na província de Idlib, no norte da Síria, segundo o Ministério da Defesa da Rússia, região em que é frequente a ação de aviões militares russos no bombardeio de posições dos rebeldes que lutam contra o ditador Bashar al-Assad, apoiado por Moscou.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse, em teleconferência com jornalistas, que os três tripulantes do helicóptero e os dois outros militares a bordo tiveram uma "morte heroica", já que teriam tentado desviar, na queda, de áreas habitadas para evitar a morte de civis.

Até o momento, nenhum grupo assumiu a autoria do ataque.

Onde fica Idlib, Síria

Segundo o governo russo, o helicóptero Mi-8, geralmente usado para transporte, estaria voltando para a base aérea do país no litoral da Síria, após levar bens humanitários à cidade de Aleppo.

Peskov disse ainda que Moscou vai continuar lutando contra o terrorismo internacional "em todas as frentes", apesar das ameaças recentes do Estado Islâmico.

Neste domingo (31), a facção terrorista divulgou na internet um vídeo de nove minutos pedindo a seus membros que levassem a guerra santa à Rússia.

Esta foi a maior baixa russa em um único ataque desde setembro de 2015, quando Moscou começou a bombardear o território sírio para ajudar as forças do ditador Bashar al-Assad.

Na região do ataque, há tanto a presença de rebeldes que lutam contra o regime de Assad quanto da Frente al-Nusra –que na última semana anunciou seu rompimento com a Al Qaeda e disse que passará a se chamar Frente da Conquista do Levante.

A intervenção militar russa na Síria ajudou a mudar o rumo da guerra em favor de Assad, após meses de vitórias dos rebeldes sírios.

Em junho, o ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, visitou a Síria para se discutir com Assad a cooperação entre as forças militares dos dois países e "alguns aspectos de cooperação na luta contra grupos terroristas", segundo o ministério russo de Defesa.