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    Governo turco assume controle de fábricas e estaleiros navais militares

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    02/08/2016 08h12 - Atualizado às 08h30

    O governo turco assumiu o controle de fábricas e estaleiros navais militares, em uma nova fase do expurgo promovido pelo presidente Recep Tayyip Erdogan após a tentativa frustrada de golpe em julho.

    A medida foi anunciada nesta terça-feira (2) pelo primeiro-ministro turco, Binali Yildirim. Em discurso a correligionários do AKP no Parlamento, ele afirmou que a reestruturação das Forças Armadas não irá enfraquecer os militares e enfoca atividades essenciais para a segurança nacional.

    Também nesta terça, em discurso na televisão turca, Erdogan acusou o Ocidente de apoiar o terrorismo e os golpistas. "Infelizmente, o Ocidente está apoiando o terrorismo e está a favor dos golpistas. Aqueles que imaginamos nossos amigos estão a favor dos golpistas e dos terroristas."

    O presidente afirmou que a reorganização das Forças Armadas é necessária porque, caso contrário, os seguidores do clérigo Fetullah Güllen —autoexilado nos EUA— tentarão tomar o controle novamente. Ancara responsabiliza Güllen pela tentativa de golpe; ele nega.

    O ministro do Comércio turco, Bülent Tüfencki, disse que o custo financeiro do golpe frustrado para o país foi de ao menos US$ 100 bilhões.

    Segundo a imprensa local, autoridades turcas emitiram nesta terça ordens de detenção contra cem funcionários de um hospital militar da capital, Ancara.

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    EXPURGO

    A estrutura militar foi a principal atingida pelo expurgo promovido pelo presidente turco após a tentativa de golpe. Dentre eles, foram 1.684 oficiais de todas as patentes expulsos das Forças Armadas.

    Erdogan ainda demitiu 70 mil funcionários públicos, a maioria do Ministério da Educação, cancelou os passaportes de 49 mil pessoas, fechou 131 meios de comunicação e prendeu 89 jornalistas.

    Quem é quem -

    Todos eles são acusados de ligação com Hizmet, movimento ligado ao líder religioso Fetullah Gülen, considerado por Erdogan o comandante do golpe contra ele. O clérigo, que mora nos EUA, nega qualquer envolvimento.

    O GRANDE EXPURGO DE ERDOGAN - Prisões e demissões em massa após golpe frustrado

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