Uma entidade síria que trabalha com resgates em territórios sob o domínio de rebeldes afirmou, nesta terça-feira (2), que um helicóptero derrubou gás tóxico em uma cidade, próximo da região onde um helicóptero russo foi abatido horas antes.

Um porta-voz do grupo Defesa Civil Síria disse que 33 pessoas, crianças e mulheres em sua maioria, foram afetadas pelo gás, que eles suspeitam ser cloro, em Saraqeb (noroeste da Síria).

"Foram derrubados barris de tamanho médio contendo gases tóxicos", disse o porta-voz.

A Coalizão Nacional Síria, de oposição, acusou o ditador Bashar al-Assad de estar por trás do ataque. Em ocasiões anteriores, Assad negou ter usado armas químicas.

	Ammar Abdullah/Reuters
	Homem inspeciona destroços de um helicóptero russo que caiu em Idlib, matando cinco pessoas

O grupo Defesa Civil Síria, que se diz uma organização neutra de voluntários que realizam resgates, divulgou um vídeo em que homens com dificuldade para respirar recebem máscaras de pessoas em uniformes da defesa civil.

Nem o governo sírio nem os russos comentaram a acusação.

A coalização de oposição a Assad afirmou que "depois de bombardear, cercar e matar civis e cometer crimes de guerra contra eles, o regime de Assad recorreu, mais uma vez, e contra resoluções da ONU, ao uso de substâncias químicas e gases tóxicos".

O grupo de resgates que fez a acusação disse que esta é a segunda vez que Saraqeb foi atingida por gás tóxico. E disse saber de suspeitas sobre o uso de gás de cloro em cerca de nove episódios na mesma província de Idlib desde o início do conflito.

Monitores do Observatório Sírio para Direitos Humanos, baseado no Reino Unido e que acompanha a violência empregada pelos dois lados da guerra civil síria, disse que barris explosivos caíram sob Saraqeb no final desta segunda (1º), ferindo grande quantidade de pessoas.