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    Pela primeira vez em 18 anos, míssil norte-coreano cai em águas japonesas

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    03/08/2016 01h08 - Atualizado às 10h04

    A Coreia do Norte realizou nesta quarta-feira (3, noite de terça em Brasília) um novo teste de míssil balístico sobre o mar do Japão.

    Segundo o Minisério da Defesa japonês, o míssil voou cerca de 1.000 quilômetros e caiu na zona econômica exclusiva do Japão —a faixa de água a 200 milhas náuticas da costa onde um país tem direitos de exploração de recursos. Seria a primeira vez desde 1998 que um míssil norte-coreano cai em águas controladas por Tóquio.

    A distância percorrida pelo míssil Rodong foi uma das maiores para um teste da Coreia do Norte, segundo analistas sul-coreanos. De acordo com o Comando Estratégido americano, foram dois mísseis lançados por Pyongyang nesta quarta, mas um deles explodiu logo após o lançamento.

    Autoridades japonesas e sul-coreanas afirmam que o míssil teria partido da província de Hwanghae, no oeste da Coreia do Norte.

    "Isso impõe uma séria ameaça à segurança do Japão e é um ato de violência imperdoável à segurança japonesa", afirmou o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe. A Coreia do Sul também condenou o teste.

    O teste acontece duas semanas após o lançamento de três mísseis balísticos que, segundo Pyongyang, simulavam ataques nucleares preventivos contra portos e aeroportos sul-coreanos onde há material militar americano, e cerca de um mês após um teste com mísseis lançados por submarinos.

    Pyongyang ameaçou em julho realizar uma "ação física" contra o escudo antimísseis THAAD (Terminal High Altitude Area Defence) que os EUA planejam instalar na Coreia do Sul e que Seul considera vital para sua segurança nacional.

    Washington e Seul já anunciaram que pretendem instalar o THAAD até o final do ano, diante da multiplicação das ameaças procedentes da Coreia do Norte.

    Apesar das resoluções da ONU proibindo qualquer programa nuclear ou balístico na Coreia do Norte, o país prossegue com seus esforços para desenvolver um míssil intercontinental capaz de levar uma ogiva nuclear ao continente americano.

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