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    Fortalecida, Junta Militar na Tailândia anuncia eleições gerais para 2017

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    09/08/2016 12h14

    O primeiro-ministro da Tailândia, Prayuth Chan-ocha, afirmou nesta terça-feira (9) que o país terá novas eleições gerais em 2017.

    Prayuth é presidente da Junta Militar que governa a Tailândia desde o golpe de 2014. No último domingo (7), 61% dos tailandeses aprovaram uma mudança na Constituição que fortalece o poder dos militares.

    A campanha pelo referendo, no entanto, se deu com a proibição de debates sobre o tema. Quem defendia abertamente o "não" à nova Constituição estava sujeito a pena de prisão.

    Com a reforma constitucional, o Senado deixará de ser eleito pela população. O Parlamento, ainda que eleito, será subordinado à Junta Militar. O novo texto deve entrar em vigor em novembro.

    A data de 2017 para novas eleições já era prevista pelo regime, mas opositores se preocupavam com um eventual adiamento do pleito depois da vitória do governo no referendo.

    "Uma eleição será realizada em 2017, eu nunca disse nada diferente disso", declarou Prayuth.

    Nesta segunda-feira (8), o Departamento de Estado dos EUA pediu ao regime que tome medidas para a restauração de um governo civil eleito o mais rápido possível.

    A União Europeia também conclamou o governo a um rápido retorno para a democracia.

    O regime militar defende que a reforma constitucional trará estabilidade política e transparência ao país, após uma década conturbada marcada por confrontos entre forças populistas e militares.

    A Tailândia já teve 19 Constituições, quase todas elas derrubadas após a intervenção dos militares, desde o fim da monarquia absolutista, em 1932.

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