Ao menos quatro pessoas morreram e mais de mil precisaram ser retiradas da ilha da Madeira, no litoral de Portugal, na noite desta terça-feira (9) depois que incêndios florestais chegaram à capital Funchal.

Ajudado pela onda de calor que atinge a região e pelo vento quente e seco vindo do norte da África, o fogo destruiu cerca de 40 casas e um hotel cinco estrelas situado em uma colina na região de Funchal, informaram autoridades portuguesas.

O Ministério do Interior português informou que acionou o mecanismo da União Europeia de proteção civil, pedindo a ajuda dos outros países-membros. Para ajudar no esforço contra o fogo, a Espanha enviou dois aviões e a Itália um.

Segundo o governador regional da Madeira, Miguel Albuquerque, o foco do incêndio em Funchal foi controlado, mas outros focos seguem ativos na ilha. Ele afirmou à imprensa local que 327 pessoas foram hospitalizadas devido a queimaduras e inalação de fumaça. Dessas, 80 seguem internadas, duas em estado grave.

As três vítimas moravam perto do centro histórico de Funchal. Uma pessoa está desaparecida. Dois hospitais também tiveram de ser esvaziados.

"Mil pessoas precisaram ser retiradas de casas e hotéis, moradores e turistas", afirmou o prefeito de Funchal, Paulo Cafofo, informando que algumas foram realocadas em instalações militares e outras em um estádio de futebol.

No território continental português, que também registra focos de incêndios florestais, uma pessoa morreu em Dornes, na região central do país.

Durante a noite desta terça, a hashtag #PrayForPortugal esteve entre os termos mais citados no Twitter.