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    Espanha será 'motivo de risada' se fizer 3ª eleição em um ano, diz premiê

    DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS
    DE SÃO PAULO

    13/08/2016 11h43

    O primeiro-ministro interino da Espanha, Mariano Rajoy, declarou neste sábado (13) que uma terceira eleição no país em um ano fará o país virar "motivo de risada na Europa".

    Ele tenta conseguir suporte para formar um governo conjunto e por fim aos oito meses de impasse.

    "Nós esperamos que isso se resolva logo e, acima de tudo, nós não queremos novas eleições, porque seriamos motivo de risada na Europa", disse Rajoy. "Seria absolutamente insano ter três eleições em um ano e um governo interino por tanto tempo."

    O conservador PP (Partido Popular), de Rajoy, vai decidir na quarta-feira (17) se aceitará as condições que o partido de centro-direita Cidadãos estabeleceu em troca do apoio.

    Mesmo se as condições forem aceitas, Rajoy ainda precisará encontrar mais um partido para obter maioria no Parlamento. Ele tenta negociar com o PSOE (Partido Socialista Operário Espanhol, centro-esquerda), que até agora se recusou a apoiar o tradicional rival.

    Susana Vera/Reuters
    O premiê interino da Espanha, Mariano Rajoy (esq.) do PP, se encontra com Pedro Sanchez, do PSOE
    O premiê interino da Espanha, Mariano Rajoy (esq.) do PP, se encontra com Pedro Sanchez, do PSOE

    "Se os socialistas mantiverem sua posição, não haverá governo", disse Rajoy neste sábado.

    No poder desde 2011, o PP venceu a última eleição em junho e tem 137 deputados, 39 a menos do que o necessário para ter a maioria no parlamento com 350 representantes. O Cidadãos possui mais 32 deputados.

    O PSOE é a segunda maior força do Parlamento, com 85 cadeiras, seguido pela esquerdista Unidos Podemos, com 71. Mas até agora os dois recusaram a apoiar o governo do PP ou se abster na votação, o que permitira a eleição de um governo de minoria.

    As pesquisas mais recentes apontam que uma nova eleição não resolveria o impasse. Enquanto um novo governo não obtiver a aprovação do Parlamento, Rajoy seguirá no comando do país, mas com poder limitado.

    Em dezembro de 2015, a primeira eleição para foram um novo governo também terminou com vitória do PP, mas longe da maioria, o que impediu a formação do governo e culminou na segunda eleição, em junho de 2016, que também não resolveu o problema.

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