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    Bombardeio saudita a hospital no Iêmen deixa ao menos 11 mortos

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    15/08/2016 13h16 - Atualizado às 19h12

    Um bombardeio da coalizão liderada pela Arábia Saudita atingiu nesta segunda-feira (15) um hospital administrado pela ONG Médicos Sem Fronteiras em Abs, no norte do Iêmen, deixando pelo menos 11 mortos e 19 feridos.

    Segundo testemunhas, os médicos não puderam tirar imediatamente todos os pacientes do prédio porque aviões militares continuaram sobrevoando a área, que é dominada pela milícia rebelde xiita houthi.

    15.ago.2016/Reuters
    Hospital destruído em província no norte do Iêmen após bombardeio da coalizão liderada pela Arábia Saudita
    Hospital destruído no norte do Iêmen após bombardeio da coalizão liderada pela Arábia Saudita

    Em nota, a entidade informou que oito pacientes e um integrante de sua equipe morreram na hora e dois pacientes, ao serem transferidos para outra unidade de saúde. Cinco pacientes continuam hospitalizados.

    A gestora da Médicos Sem Fronteiras no Iêmen, Teresa Sacristóval, afirmou que as coordenadas do hospital eram conhecidas pelos militares e pediu aos sauditas que garantam as condições para que este ataque não se repita.

    "Mesmo com a resolução da ONU que pediu o fim dos ataques a instalações médicas, nada parece ser feito para que as partes envolvidas no conflito no Iêmen respeitem os profissionais de saúde e os pacientes", disse.

    Desde o ano passado, 138 hospitais da ONG e apoiados por ela foram atingidos por bombardeios —a maioria deles, 79, está na Síria. No Iêmen, a Médicos Sem Fronteiras tem 11 hospitais e dá apoio a outras 18 unidades de saúde.

    GUERRA CIVIL

    O Iêmen está em guerra civil desde 2014, quando a milícia houthi, apoiada pelo Irã e por aliados do ex-ditador Ali Abdullah Saleh, tomou a capital do país, Sanaa. No início do ano passado, dissolveu o Parlamento.

    Meses depois, o conflito escalou, com a entrada de outros atores regionais, defendendo as forças leais ao governo do presidente Abdo Rabbo Mansour al-Hadi.

    Uma coalizão liderada pela Arábia Saudita, rival regional do Irã, e conta com países como Jordânia e Egito passou a bombardear posições dos houthis.

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