Um juiz ordenou nesta segunda-feira (22) que o Departamento de Estado americano analise e determine a potencial divulgação de 14.900 documentos, a maioria deles, acredita-se, de e-mails trocados por Hillary Clinton, material que virou alvo de uma investigação sobre o uso de um servidor pessoal quando a democrata era secretária de Estado.
Os documentos integram o material entregue pelo FBI (polícia federal americana) ao Departamento de Estado em meio à investigação sobre o uso do e-mail privado pela então secretária.
Na avaliação da polícia, Hillary pode ter sido "extremamente descuidada" ao dispensar o e-mail oficial, mas não agiu de má fé.
A agora candidata democrata na corrida à Casa Branca é criticada pelo episódio, com argumentos de que ela pode ter colocado a segurança americana sob risco e que, por isso, não é confiável.
O Departamento de Estado pode disponibilizar a primeira parte desse material em outubro, semanas antes das eleições americanas, marcadas para 8 de novembro. Outro grupo de e-mails já foi divulgado este ano.
Chris Keane/Reuters | ||
Candidata democrata Hillary Clinton em ato de campanha em Michigan, em 11 de agosto |
Acredita-se que os 14.900 documentos incluem e-mails que não constam das 55 mil páginas de mensagens entregues por Hillary ao Departamento de Estado após o início da polêmica sobre o uso do servidor privado, no ano passado.
Segundo uma autoridade americana que falou sob a condição de anonimato, acredita-se que os novos documentos abarquem sobretudo e-mails trocados por Hillary, o que pode incluir uma mistura de e-mails pessoais e de trabalho.
A posição do juiz James Boasberg para acelerar a análise dos documentos veio no mesmo dia em que o Judicial Watch, um grupo de monitoramento conservador, divulgou um conjunto de e-mails de Hillary obtidos por meio de uma ação judicial.
A organização afirma que os e-mails revelam doadores da Fundação Clinton buscando acesso à então secretária de Estado.
Nesta segunda (22), o rival de Hillary, o republicano Donald Trump, cobrou que a democrata e seu marido, o ex-presidente Bill Clinton, fechem a fundação.
"Os Clinton passaram décadas enchendo o bolso, se ocupando de seus doadores, em vez do povo americano", declarou o candidato republicano à Casa Branca em um comunicado.
Trump também afirmou que o Departamento de Justiça deveria indicar um promotor especial para investigar se os doadores da fundação receberem tratamento especial pelo Departamento de Estado, quando ele era chefiado pela democrata.
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