• Mundo

    Sunday, 05-May-2024 13:25:17 -03

    eleições nos eua

    Trump nega recuo em propostas, mas suaviza tom sobre deportar imigrantes

    MARCELO NINIO
    DE WASHINGTON

    22/08/2016 20h57

    O candidato republicano à Presidência dos EUA, Donald Trump, negou nesta segunda-feira (22) que tenha dado meia-volta em uma das principais promessas de sua campanha presidencial, a deportação dos 11 milhões de imigrantes sem documentos que vivem nos EUA.

    No entanto, confirmou uma suavizada no tom, como já havia sinalizado o novo comando de sua equipe.

    A linha-dura em questões de imigração foi até agora o carro-chefe da campanha do bilionário, levando-o a conquistar a candidatura presidencial republicana com recorde de votos nas prévias do partido.

    Além da deportação de todos os imigrantes "ilegais", havia a promessa de construir um muro na fronteira com o México, que se tornou um dos gritos de guerra nos comícios do empresário.

    Kellyanne Conway, gerente de campanha de Trump após as mudanças em sua equipe na semana passada, baixou o tom, afirmando que a questão imigratória será tratada de forma "humana e justa" e que a política sobre o tema ainda estava para ser definida.

    Em entrevista nesta segunda-feira (22) ao canal conservador Fox, o bilionário negou um recuo.

    "Queremos dar uma resposta realmente justa, mas firme. Tem que ser firme. Mas queremos algo justo."

    Nesta quinta (25), Trump tem programado um "grande discurso" sobre imigração, segundo sua campanha, para esclarecer sua política sobre o tema.

    Nos últimos dias, o empresário reuniu-se com vários líderes da comunidade hispânica, a quem se mostrou aberto a propostas de legalizar parte dos imigrantes sem documentos, revelou o site BuzzFeed.

    O aceno de Trump a minorias tem sido bem recebido dentro do Partido Republicano, que há anos busca expandir seu eleitorado.

    O desafio, porém, é ainda maior com um candidato que chamou imigrantes mexicanos de "estupradores" e propõe fechar as fronteiras aos muçulmanos.

    As pesquisas mostram um apoio mínimo a Trump entre eleitores negros e hispânicos contra a candidata democrata, Hillary Clinton.

    "Precisamos expandir o partido", disse Sean Spicer, da campanha de Trump. "Temos que sair e falar dos nossos valores e porque eles são melhores para o país."

    Carlo Allegri/Reuters
    Republican presidential nominee Donald Trump speaks at a campaign rally in Charlotte, North Carolina, U.S., August 18, 2016. REUTERS/Carlo Allegri ORG XMIT: CRA410
    O republicano Donald Trump em ato de campanha na Carolina do Norte, na semana passada

    E-MAILS DE HILLARY

    A polêmica em torno do uso de um servidor privado de e-mail para mensagens de trabalho quando Hillary Clinton era secretária de Estado (2009-2013) promete novas revelações até a reta final da campanha.

    Um juiz federal ordenou ao Departamento de Estado que acelere a divulgação de cerca de 15 mil e-mails descobertos pelo FBI que não foram incluídos entre os 30 mil entregues por Hillary.

    Após investigação, o FBI (polícia federal) concluiu que a ex-secretária havia sido "extremamente descuidada" no manejo de informações secretas, mas não viu motivo para indiciamento.

    Edição impressa
    [an error occurred while processing this directive]

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024