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    Governo da Colômbia e Farc anunciam que acordo de paz 'está próximo'

    SYLVIA COLOMBO
    ENVIADA ESPECIAL A BOGOTÁ

    24/08/2016 00h34 - Atualizado às 19h51

    Reprodução/Twitter/@FARC_EPaz
    Imagem divulgada nesta terça (23) em que se veem representantes do Estado colombiano e das Farc
    Imagem divulgada nesta terça (23) em que se veem representantes do Estado colombiano e das Farc

    A equipe de negociadores da paz do governo da Colômbia divulgou na noite desta terça (23) que "a paz está próxima", com uma foto em que se veem tanto os representantes do Estado como os das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).

    Segundo informou a assessoria da Presidência, haverá um anúncio em Havana, nesta quarta (24), no qual se deve declarar fechado o texto final do acordo entre ambas as partes, que pode colocar ponto final numa guerra de mais de 50 anos.

    Até o momento, a maioria dos pontos do acordo já estavam acertados (reparação às vítimas, reforma agrária, fim do cultivo, justiça transicional e representação política). Os pontos travados correspondem ao funcionamento da Justiça, se serão concedidas anistias e se, além de poderem concorrer a eleições, os ex-guerrilheiros ganhariam o direito de entrar no Congresso de forma direta, num número limitado de vagas, até a próxima eleição.

    Até a publicação desta reportagem, não se conhecia o acordado sobre esses itens polêmicos.

    Caso tenha se chegado a um consenso sobre todos esses pontos, nesta quarta (24) o texto do acordo será entregue ao presidente Juan Manuel Santos, que por sua vez o enviará ao Congresso. Assim que for dado esse passo, o presidente deve marcar a data do plebiscito para que o acordo seja aprovado ou rejeitado pelos colombianos.

    Segundo estabelecido pela Corte Constitucional, para ser aprovado, o "sim" ao acordo deve atingir 13% do eleitorado, ou seja, 4,5 milhões de votos.

    Segundo declarações recentes do presidente Santos, a assinatura formal do acordo, com uma cerimônia que contará com a presença de líderes mundiais e da região, deve acontecer paralelamente à campanha do plebiscito, ou mesmo depois de ser conhecido o resultado do mesmo.

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