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    Chavismo acusa EUA de tramar golpe por meio de protesto nesta quinta

    DE SÃO PAULO

    29/08/2016 19h29

    AVN/Xinhua
    (160816) -- SANTO DOMINGO, agosto 16, 2016 (Xinhua) -- El presidente de Venezuela, Nicolás Maduro, reacciona a su llegada al Aeropuerto Internacional Las Américas, en el municipio de Boca Chica, provincia de Santo Domingo, República Dominicana, el 16 de agosto de 2016. Nicolás Maduro se encuentra en República Dominicana para asistir a la investidura del gobernante reelecto de ese país, Danilo Medina. (Xinhua/AVN) (av) (jp) (ah)
    Maduro durante viagem à República Dominicana, em 16 de agosto

    O governo da Venezuela acusou a oposição e os Estados Unidos de planejarem um golpe de Estado no país.

    Segundo representantes de Caracas, a tentativa de tomar o poder ocorreria na quinta-feira (1º), dia em que foi convocada uma marcha dos opositores para cobrar um referendo para revogar o mandato do presidente Nicolás Maduro.

    O ministério venezuelano de Relações Exteriores divulgou um comunicado protestando contra declarações do Departamento de Estado dos EUA sobre o país.

    A pasta classificou como "insolente" a crítica dos EUA sobre sua decisão de transferir o ex-prefeito opositor Daniel Ceballos para a prisão.

    Em nota, o porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, John Kirby, havia condenado a transferência, alegando que "representa um esforço para intimidar o direito do povo de expressar pacificamente sua opinião".

    O texto da chancelaria venezuelana, por sua vez, acusa o governo de Barack Obama de "tentar desestabilizar a Venezuela e a região em seus últimos dias de governo para legitimar planos imperialistas contra a paz e o desenvolvimento do povo".

    A oposição venezuelana irá às ruas para exigir das autoridades eleitorais que decidam a data de coleta dos quatro milhões de assinaturas necessários para a convocação do referendo revogatório.

    Para a Venezuela, as declarações dos EUA "estimulam e promovem atitudes violentas, extremistas e antidemocráticas na Venezuela".

    O comunicado alega que "ficaram evidentes a marca e a autoria do golpe de Estado planejado para o próximo 1º de setembro".

    Para o diretor executivo da divisão americana da ONG Human Rights Watch, há um clima de forte tensão na Venezuela nesta semana. José Miguel Vivanco disse à Folha acreditar que há no país um esforço de repressão para intimidar a oposição e impedir a manifestação de quinta.

    "O governo faz campanha dizendo que há uma conspiração e golpe para explicar seus atos. A situação é delicada e tensa. O governo atua de forma tirânica e inventa isso para se perpetuar no poder", disse.

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