A reitora do Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela Socorro Hernández afirmou nesta segunda-feira (29), em entrevista ao canal Venevisión, que a oposição poderá realizar a segunda fase de coleta de assinaturas para um referendo contra o presidente Nicolás Maduro entre 24 e 30 de outubro.

Nesta etapa, os antichavistas precisam garantir o apoio de 20% do eleitorado venezuelano, o equivalente a 3.914.428 pessoas.

No início de agosto, o CNE já havia afirmado que a segunda fase deveria ocorrer no fim de outubro, mas a aliança opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) pressionava para que o órgão fixasse uma data exata.

A MUD exige que o referendo ocorra ainda este ano. Se a consulta for feita depois de 10 de janeiro de 2017, data que marca dois terços do mandato presidencial (quatro de seis anos), o vice, Aristóbulo Istúriz, assumiria em caso de destituição de Maduro, como prevê a Constituição.

A oposição quer fazer o referendo antes disso para forçar novas eleições se Maduro for destituído —segundo pesquisa do instituto Datanálisis divulgada no último dia 15, 75% dos venezuelanos votariam pela saída do presidente em uma eventual consulta.

Na próxima quinta (1º) está previsto um grande protesto contra Maduro. O governo afirmou nesta segunda (29) que os EUA planejam um golpe em uma aliança com a oposição e que a manifestação seria uma forma de incitar a violência e desestabilizar o país.

Os antichavistas afirmam que o ato será pacífico e que o governo está interessado em haver distúrbios pelo fato de ter convocado marchas contra a passeata opositora.