• Mundo

    Saturday, 04-May-2024 19:18:47 -03

    Chanceler uruguaio anuncia reunião entre Tabaré Vázquez e Temer na ONU

    DA FRANCE PRESSE

    05/09/2016 14h19

    O chanceler do Uruguai, Rodolfo Nin Novoa, anunciou nesta segunda-feira (5) que o presidente Tabaré Vázquez se reunirá com seu homólogo brasileiro, Michel Temer, durante a Assembleia Geral das Nações Unidas, que será realizada em Nova York neste mês.

    A declaração do ministro, reproduzida por rádios uruguaias, ocorre depois de o governo de Vázquez emitir um polêmico comunicado sobre a destituição de Dilma Rousseff da Presidência do Brasil na última semana e a confirmação de Temer no cargo até 2018.

    O governo do Uruguai "considera uma injustiça profunda" a decisão do Congresso brasileiro de destituir Dilma, afirmou a chancelaria em um comunicado divulgado na quinta-feira (1º).

    Nin Novoa assistiu, na semana passada, a uma comissão parlamentar bicameral na qual, segundo informaram à AFP pessoas presentes no encontro, ele expressou que seu país reconhece o governo Temer como legítimo. Nesta segunda, reiterou a posição após críticas da oposição ao teor do comunicado.

    Nicolás Celaya/Xinhua
    (160715) -- MONTEVIDEO, julio 15, 2106 (Xinhua) -- El presidente de Uruguay, Tabaré Vázquez, participa en una conferencia de prensa para anunciar la construcción de una nueva planta de celulosa de la empresa finalndesa UPM en el país, en Montevideo, capital de Uruguay, el 15 de julio de 2015. De acuerdo con información de la prensa local, el presidente Vázquez dijo que espera colocar la primera piedra de la nueva planta en 2018 y que la empresa UPM comenzaría a producir y exportar en 2020, y agregó que "la empresa va a destinar 4,000 millones de dólares estadounidenses y Uruguay va a tener que invertir 1,000 millones de dólares" para mejoras de infraestructura en carreteras, vías férreas y el puerto de Montevideo, lo cual "tiene un impacto muy positivo para el país, porque se van a generar unos 8,000 puestos de trabajo dignos." (Xinhua/Nicolás Celaya) (nc) (egp) (dp)
    O presidente do Uruguai, Tabaré Vázquez, durante entrevista coletiva em Montevidéu

    O chanceler também disse que o "processo (de juízo político) foi legal (...), mas o resultado do processo foi um resultado injusto". O texto do comunicado e a postura ante o ocorrido no Brasil provocaram divisões dentro do partido do governo, a Frente Ampla, no qual setores afinados ao PT, de Dilma, qualificaram a destituição da agora ex-presidente de "golpe de Estado parlamentar".

    O Uruguai havia se chocado nas últimas semanas com o Brasil, seu segundo sócio comercial mais importante depois da China, devido à transferência da Presidência do Mercosul, bloco do qual ambos os países fazem parte, para a Venezuela.

    Brasil, Paraguai e Argentina se opõem ao presidente venezuelano, Nicolás Maduro, com a justificativa de que seu governo não respeita direitos humanos, mantendo presos políticos de oposição. O Mercosul está sem líder desde que o Uruguai (único país que defende a Venezuela) deu por encerrado seu período na Presidência do bloco.

    Esses três países avaliam ainda a possibilidade de "rebaixar" a Venezuela dentro do Mercosul para impedir que o país assuma a presidência. O chanceler brasileiro, José Serra, já defendeu uma "presidência-tampão" até que a Argentina –a próxima, pela ordem alfabética– assuma o bloco.

    Nin Novoa diz que o Uruguai tem o objetivo se "salvar o Mercosul", e reconheceu que o governo de Temer, do argentino Mauricio Macri e do paraguaio Horácio Cartes estão "na mesma sintonia" sobre os acordos de livre comércio, e que a "Venezuela está, por decisão própria, fora dessas negociações", entre outros, com a União Europeia.

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024