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    Terremoto é registrado na Coreia do Norte; EUA e Seul dizem ser explosão

    DE SÃO PAULO
    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    08/09/2016 22h22 - Atualizado às 23h16

    Um tremor de magnitude 5,3 foi registrado na manhã desta sexta-feira (9, noite de quinta-feira em Brasília) na Coreia do Norte. Segundo o governo sul-coreano, o abalo provavelmente foi provocado por mais um teste nuclear.

    O Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) disse que o abalo, classificado pelo órgão como uma explosão, foi registrado a 18 km de Sungjigaebgam, no nordeste do país, às 10h locais (21h30 em Brasília).

    A cidade fica próxima à instalação nuclear de Punggye-ri, onde o regime do ditador Kim Jong-un faz sua pesquisa atômica. Integrantes do governo sul-coreano afirmam que o abalo seria artificial, ou seja, uma explosão.

    Analistas afirmam que, se confirmado o quinto teste nuclear, a bomba teria dez quilotons —a maior de todas as lançadas pelo país. Os outros testes ocorreram em 2006, 2009, 2013 e janeiro deste ano.

    O regime de Kim Jong-un ainda não se pronunciou. De acordo com as autoridades sul-coreanas, a possibilidade de teste nuclear é grande por se tratar do aniversário de 68 anos de posse do primeiro ditador do país, Kim Il-sung.

    Em nota, a Casa Branca informou que está acompanhando as informações sobre o terremoto, mas não comentou sobre a possibilidade de ser um teste nuclear. A China, principal aliada de Pyongyang, começou a monitorar a radiação, mas ainda não fez declarações oficiais sobre o tremor.

    A presidente da Coreia do Sul, Park Geun-hye, convocou reunião de emergência e o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, pediu detalhes aos ministros. As bolsas de valores de Seul e Tóquio registram queda.

    A magnitude é um pouco mais alta que a registrada pela bomba de janeiro deste ano pelo país comunista, que o país disse ter sido produzida com hidrogênio. No mês seguinte, o regime lançou um foguete com tecnologia para levar uma bomba atômica.

    Com as duas ações, o país voltou a violar as sanções da ONU (Organização das Nações Unidas). Em retaliação, a organização aprovou as punições mais duras em 20 anos contra o regime comunista.

    Apesar da condenação internacional, o ditador Kim Jong-un continuou com suas ameaças contra os EUA, a vizinha Coreia do Sul e o Japão. Nos últimos meses, lança foguetes ao mar em frequência quase diária.

    Em julho, o país fez um lançamento de um míssil balístico de um submarino e, um mês depois, conseguiu atingir águas japonesas pela primeira vez em 18 anos com um foguete lançado de seu território.

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