• Mundo

    Wednesday, 01-May-2024 21:51:27 -03

    Ciência debate ligação entre câncer e glifosato, pesticida mais utilizado

    GABRIEL ALVES
    DE SÃO PAULO

    16/09/2016 02h00

    Fernando Vergara/Associated Press
    Avião fumiga pesticida em cultivo de coca em San Miguel, na fronteira com o Equador
    Avião fumiga pesticida em cultivo de coca em San Miguel, perto da fronteira com o Equador

    A Iarc, agência internacional de pesquisa em câncer, da OMS (Organização Mundial da Saúde), rotulou o glifosato, pesticida mais utilizado do mundo, como "provavelmente cancerígeno".

    A substância foi colocada na mesma categoria que a carne vermelha e a profissão de cabeleireiro.

    A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) publicou um parecer dizendo que seria muito pouco provável que o glifosato trouxesse risco à saúde humana, entretanto.

    Na academia há trabalhos que associam a exposição ao glifosato ao aumento de linfoma, e outros que mostram as fragilidades dessa ligação.

    A Iarc não define dose em que há risco para saúde. É nessa lógica que os entusiastas da molécula apostam ao defendê-la.

    A Monsanto, principal fabricante, diz que seria necessário ingerir mais de 300 g de glifosato para ter 50% de chance de morrer —a dose letal seria semelhante à do sal de cozinha.

    As chances de haver efeitos no longo prazo, no entanto, são mais difíceis de estimar. A FAO afirmou que apesar de o glifosato ser potencialmente cancerígeno, a quantidade residual nos alimentos seria ínfima. Entre as possibilidades de substituição ao glifosato surge o glufosinato de amônio, ainda não classificado como cancerígeno.

    Edição impressa

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024