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    Em seu primeiro discurso na ONU, Temer não falará sobre impeachment

    MARCELO NINIO
    ENVIADO ESPECIAL A NOVA YORK

    19/09/2016 02h00 - Atualizado às 09h29
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    Michel Temer não deve falar sobre o impeachment em seu primeiro discurso como presidente nas Nações Unidas, na terça (20).

    O chanceler José Serra disse que o discurso irá tratar dos princípios defendidos pelo governo, "centrados na paz, nos direitos humanos e no desenvolvimento sustentável."

    Kena Betancur/AFP
    Policiais fazem a segurança em frente à sede da ONU, em Nova York, às vésperas da Assembleia Geral
    Policiais fazem a segurança em frente à sede da ONU, em Nova York, às vésperas da Assembleia Geral

    Na chegada de Temer a Nova York neste domingo (18), um grupo de cerca de 30 manifestantes brasileiros esperava o presidente na entrada de seu hotel com faixas e gritos, acusando-o de golpista. Temer entrou rapidamente no hotel, sem falar com a imprensa.

    Além do discurso na abertura da Assembleia Geral da ONU, sua agenda inclui reuniões bilaterais com chefes de Estado e encontro com empresários na quarta.

    Enquanto a chance de falar pela primeira vez na ONU é vista no Planalto como um momento de grande importância para apresentar ao mundo a nova direção do Brasil, o evento com empresários também é prioridade, em meio à campanha do governo para restaurar a confiança no país e atrair investidores.

    Moreira Franco, secretário-executivo do Programa de Parcerias de Investimentos, faz parte da comitiva e apresentará a investidores detalhes das mudanças nas concessões públicas.

    Cinco ministros também estarão em Nova York: Serra, Henrique Meirelles (Fazenda), Alexandre de Moraes (Justiça), Sarney Filho (Meio Ambiente) e Fernando Filho (Minas e Energia).

    REFUGIADOS

    A agenda de Temer em Nova York começa com sua participação na sessão de abertura da Reunião de Alto Nível sobre Refugiados da ONU, nesta segunda, quando fará um discurso na plenária do encontro.

    No mesmo dia, tem previstos dois encontros bilaterais, com os presidentes de Portugal, Marcelo Rebelo de Souza, e do Uruguai, Tabaré Vázquez. No dia seguinte, se reúne com os presidentes do Peru, Pablo Kuczynski, e da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas.

    Segundo a assessoria de Temer, não há planos de encontro com o presidente dos EUA, Barack Obama, já que, por enquanto, não houve pedido neste sentido nem por parte do governo brasileiro nem do americano.

    Temer participará na terça-feira (20) da Cúpula de Líderes sobre Refugiados, convocada por Obama, uma das últimas iniciativas do presidente americano na área internacional antes de deixar a Casa Branca, em janeiro.

    Serra participou de reunião neste domingo com os chanceleres de Argentina, Uruguai e Paraguai, países-membros do Mercosul. Ele disse que a Venezuela, que foi impedida de assumir a Presidência do bloco na semana passada, não foi tema do encontro.

    O principal, disse Serra, foi uma declaração dos chanceleres em que eles "conclamam os países da União Europeia a a reforçarem seu engajamento" nas negociações de um acordo de livre comércio entre os blocos.

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