O "New York Times" endossou a candidatura da democrata Hillary Clinton à Casa Branca.

O conselho editorial do jornal publicou, no sábado (24), artigo em que descarta tratar o pleito de 2016 como outro qualquer, em que seriam confrontadas as propostas dos presidenciáveis.

"Uma comparação assim seria um exercício vazio numa corrida na qual um candidato –a nossa escolha, Hillary– tem um histórico de serviço e uma série de ideias pragmáticas, e o outro, Donald Trump, não revela nada de concreto sobre ele ou seus planos, enquanto promete a lua."

A democrata é descrita como "uma das políticas mais obstinadas de sua geração", e o republicano, o "pior candidato de um grande partido na história moderna americana".

Em janeiro, o jornal já havia se oposto a Trump, num editorial em que defende o então pré-candidato nas prévias do partido, o governador de Ohio, John Kasich, como "a única opção plausível para republicanos cansados de extremismo e inexperiência".

Nove meses depois, na média das pesquisas, Hillary tem 41,8%, e Trump, 39,7%. Mas o que conta é ganhar os chamados Estados-pêndulo, sem preferência partidária definida, como Flórida e Ohio, onde ele tem ligeira vantagem.

Ser o "mal menor" pode virar o trunfo dos candidatos -ambos com taxa de rejeição na casa dos 50%. É o que aponta o Centro de Pesquisa Pew. Entre defensores de Hillary, 32% justificam o voto assim: "Ela não é Trump". Já o desgosto pela democrata mobiliza 33% dos eleitores dele. (AVB)