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    Após disputas internas na Espanha, líder do PSOE pode perder o cargo

    DIOGO BERCITO
    DE MADRI

    28/09/2016 15h15

    Uma crise de liderança dentro do PSOE (Partido Socialista Operário Espanhol) levou à renúncia de 17 membros de sua direção nesta quarta-feira (28), em uma manobra que pode resultar na saída de Pedro Sánchez, hoje secretário-geral da sigla.

    As 17 renúncias, somadas a três baixas anteriores, significam que mais de metade da chamada Executiva Federal —inicialmente formada por 38 membros— deixou os cargos.

    Há controvérsias sobre os efeitos desse cenário, mas os diretores que se opõem ao comando de Sánchez esperam que a comissão seja dissolvida e o partido passe, então, por reformas internas.

    Andrea Comas/Reuters
    Spain's Socialist Party (PSOE) leader Pedro Sanchez presides over the party's federal committee meeting at its headquarters in Madrid, Spain, February 29, 2016. REUTERS/Andrea Comas ORG XMIT: ACO04
    Pedro Sánchez durante reunião de seu partido, o PSOE, em Madri, em fevereiro

    Na noite desta quarta, ainda dia no Brasil, um porta-voz do partido afirmou, no entanto, que Sánchez permanece no cargo e insistiu em que a decisão sobre a liderança cabe aos militantes, e não aos diretores.

    A crise do PSOE coincide com a paralisia política na Espanha, que tenta formar seu novo governo desde as eleições de dezembro de 2015. O país realizou dois pleitos, mas nenhum partido conseguiu reunir o número necessário de deputados.

    O PSOE teve resultados historicamente ruins em ambas as eleições. Ademais, ao negar-se a apoiar o conservador PP (Partido Popular) na formação de um governo, Sánchez foi visto como um dos responsáveis pelo impasse. É possível que a Espanha vote uma terceira vez em dezembro deste ano.

    A crise atual e a possível saída de Sánchez podem significar que, sob uma nova liderança, o PSOE se abstenha na próxima tentativa do PP de formar governo. Assim, permitiria que os rivais conservadores liderassem o país, encerrando o longo drama.

    Mas, caso não perca o cargo na atual crise, Sánchez planeja convocar um congresso neste ano para que os militantes escolham o próximo secretário-geral da sigla.

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