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    Furacão Matthew atinge Cuba, e moradores deixam casas nos EUA

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    05/10/2016 11h06

    EUMETSAT/AFP
    Imagem de satélite desta quarta (5) mostra o furacão Matthew sobre o leste da ilha de Cuba
    Imagem de satélite desta quarta (5) mostra o olho do furacão Matthew sobre o leste da ilha de Cuba

    O furacão Matthew, a tempestade mais forte a atingir o Caribe em quase uma década, chegou a Cuba nesta quarta-feira (5) e avançou para as Bahamas e os EUA após provocar ao menos nove mortes no Haiti e na República Dominicana.

    Os governos da Flórida e da Carolina do Sul, no sudeste dos EUA, começaram nesta quarta a retirar moradores de algumas áreas da costa —o furacão deve chegar ao país nesta quinta-feira (6).

    "Nosso objetivo é que a população se situe a pelo menos 150 km da costa", afirmou a governadora da Carolina do Sul, Nikki Haley.

    Em Cuba, 1,3 milhão de pessoas tiveram que deixar suas casas. O furacão tocou o solo cubano pouco antes das 19h locais de terça (20h em Brasília). Além de Guantánamo, o furacão deixou em alerta as províncias Santiago de Cuba, Camagüey, Holguín, Granma e Las Tunas.

    O presidente do Conselho de Defesa Municipal de Baracoa (departamento de Guantánamo), Tony Matos, anunciou a previsão de ondas de três a quatro metros de altura, assim como chuvas torrenciais com inundações.

    O Matthew representa o maior desafio ao sistema de alerta e prevenção de emergências de Cuba desde 2012, quando o furacão Sandy, de categoria 2, deixou 11 mortos e provocou grande destruição em Santiago de Cuba.

    Furacão de categoria 4 na escala Saffir-Simpson (1 a 5) durante a terça, o Matthew foi rebaixado para a categoria 3 no início desta quarta, informou o Centro Nacional de Furacões dos EUA, que tem sede em Miami.

    HAITI

    No país mais pobre das Américas, ao menos cinco pessoas morreram e 9.280 estão desabrigadas após a passagem do furacão, que registrou ventos de até 230 km/h.

    A região sul ficou isolada na terça-feira, após a queda de uma ponte na estrada que liga essa parte do país com a capital, Porto Príncipe.

    Editoria de arte/Folhapress

    "Por enquanto, é impossível fazer um balanço e conhecer a extensão da destruição causada pela passagem do ciclone", disse à AFP o porta-voz da Defesa Civil haitiana, Edgar Celestin.

    "É a pior tempestade que o Haiti sofre em décadas, e todos os danos serão, sem dúvida, significativos", declarou o representante do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) no Haiti, Marc Vincent.

    "Mais de 4 milhões de crianças podem estar expostas aos estragos do furacão", afirmou a entidade.

    O Haiti enfrenta uma grave crise humanitária desde que um terremoto devastador atingiu o país, em 2010, deixando mais de 200 mil mortos.

    Na República Dominicana, onde ao menos quatro morreram, o Centro de Operações de Emergências informou que 8.546 pessoas foram obrigadas a abandonar suas casas na capital, Santo Domingo, assim como em províncias na fronteira com o Haiti.

    ESTADOS UNIDOS

    Esperado para esta quinta-feira nos EUA, o Matthew já levou os governos da Flórida e da Carolina do Norte a decretar estado de emergência.

    Diante da chegada do furacão, o presidente Barack Obama adiou um comício previsto para esta quarta-feira, em Miami, com a presidenciável democrata Hillary Clinton.

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