Forças francesas e curdas foram atacadas pela explosão de um drone lançada por militantes do Estado Islâmico (EI) no norte do Iraque, disse o Pentágono nesta quarta (12).

O caso gera mais uma preocupação aos conflitos no Iraque e na Síria, pela forma como grupos militantes começam a transformar em armas drones comprados em lojas.

O coronel John Dorrian, porta-voz da coalizão militar no Iraque comandada pelos Estados Unidos, afirmou que um dispositivo improvisado conectado a um drone explodiu depois de ter sido interceptado e levado a um campo nas proximidades de Erbil.

Dois curdos foram mortos no incidente, ocorrido no último dia 2, segundo uma autoridade norte-americana que falou sob a condição de anonimato.

"Parece que o explosivo estava escondido na bateria ou em algo parecido com um timer", disse essa autoridade.

	Massoud Hossaini/AFP
	Drone do exército americano armado com míssil, na pista de aeroporto militar no Afeganistão

A explosão também feriu dois soldados franceses, informou o porta-voz da Presidência da França, Stephane Le Foll.

Os americanos já haviam identificado o uso, pelos grupos militantes, de uma variedade de drones improvisados e modificados sem grandes capacidades tecnológicas, disse o coronel Dorrian.

"Eles podem comprá-los como qualquer outra pessoa", disse o coronel nesta quarta (12). "Alguns estão disponíveis na Amazon."

Vídeos lançados recentemente mostram o uso de drones por militantes. A tecnologia não é nova, mas os vídeos são a primeira demonstração conhecida desse tipo de capacidades pelos grupos militantes.