• Mundo

    Sunday, 05-May-2024 18:44:30 -03

    Tropas iraquianas retomam área cristã próxima a Mossul

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    22/10/2016 15h26

    Ahmad al-Rubaye - 22.out.2016/AFP
    Soldado iraquiano perto de fábrica de enxofre atacada pelo Estado Islâmico ao sul de Mossul
    Soldado iraquiano perto de fábrica de enxofre atacada pelo Estado Islâmico ao sul de Mossul

    Tropas iraquianas disseram neste sábado (22) ter reconquistado uma região cristã que estava sob domínio do Estado Islâmico desde 2014, perto da cidade de Mossul.

    O avanço faz parte da ofensiva para retomar Mossul, a segunda maior cidade do Iraque, a última grande cidade do país sob domínio do grupo terrorista.

    Conforme se aproximam de Mossul, os soldados iraquianos enfrentam na ofensiva minas terrestres, franco-atiradores e ataques suicidas com caminhões-bomba do Estado Islâmico.

    Também neste sábado, o Secretário de Defesa dos Estados Unidos, Ash Carter, chegou à capital iraquiana Bagdá para se encontrar com o primeiro-ministro Haider al-Abadi e discutir a ofensiva. A tentativa de reconquistar Mossul tem apoio dos EUA, que dão suporte aéreo e terrestre à operação.

    Carter também se reunirá com o comandante militar da coalizão internacional antijihadista, o general americano Stephen Townsend. O governo dos Estados Unidos mantém mais de 4.800 soldados no Iraque.

    As unidades iraquianas tomaram a cidade cristã de Qaraqosh, a cerca de 20 km de Mossul. Uma fonte das tropas norte-americanas disse à agência Reuters que havia apenas algumas centenas de militantes do Estado Islâmico na região.

    As tropas iraquianas também têm uma frente de batalha ao sul de Mossul, enquanto tropas curdas tentam avançar vindas do leste e do norte da cidade iraquiana.

    Bulent Kilic - 22.out.2016/AFP
    Moradores que saíram de Mossul em campo para refugiados em Qayyarah, ao sul da cidade iraquiana
    Moradores que saíram de Mossul em campo para refugiados em Qayyarah, ao sul da cidade iraquiana

    KIRKUK

    O governo iraquiano disse neste sábado ter retomado o controle de Kirkuk, que na sexta-feira sofreu ataques do Estado Islâmico que deixaram pelo menos 80 mortos, em sua maioria soldados curdos das forças de segurança. Cerca de 170 ficaram feridos.

    Homens-bomba do EI atacaram na sexta-feira vários edifícios do governo em Kirkuk e uma central elétrica, a noroeste da cidade.

    As forças iraquianas anunciaram que mataram 56 extremistas do Estado Islâmico e deixaram vários feridos nos combates em Kirkuk.

    As autoridades de Kirkuk, cidade multiétnica com a presença de várias comunidades religiosas, decretaram na sexta-feira um toque de recolher total por conta das ações de guerrilha urbana executadas pelos extremistas.
    Kirkuk fica em uma região rica em petróleo a cerca de 150 km de Mossul.

    Um dos jihadistas capturados pelas forças curdas afirmou que o ataque a Kirkuk foi planejado pelo líder supremo do EI, Abu Bakr al-Baghdadi, como manobra de distração no sexto dia da ofensiva iraquiana a Mossul.

    O Estado Islâmico também ateou fogo a uma fábrica de enxofre perto de Mossul e a poços de petróleo, causando fumaça tóxica na região.

    JORNALISTA MORTO

    Um jornalista iraquiano de televisão morreu neste sábado quando trabalhava na cobertura da ofensiva militar das forças de segurança para retomar a cidade de Mossul do grupo extremista Estado Islâmico (EI), de acordo com o canal Al Sumaria TV.

    O repórter morreu quando cobria a batalha perto da localidade de Al-Shura, ao sul de Mossul.

    Este é o segundo jornalista iraquiano morto em dois dias. Na sexta-feira (21), um profissional morreu ao ser atingido por um atirador do EI em Kirkuk.

    Edição impressa

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024