• Mundo

    Saturday, 04-May-2024 05:33:20 -03

    Tropas do Iraque chegam a arredores de Mossul; premiê pede rendição do EI

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    31/10/2016 16h27

    O Exército do Iraque anunciou nesta segunda-feira (31) ter retomado do Estado Islâmico (EI) a cidade de Bazwaya, a última localidade a leste de Mossul, bastião da facção terrorista no país.

    Segundo o brigadeiro-general Haider Fadhil, a conquista de Bazwaya permitiu que forças especiais do Exército avançassem até cerca de um quilômetro do extremo leste de Mossul e a oito quilômetros do centro da cidade.

    Durante sua ofensiva sobre Bazwaya, as tropas iraquianas destruíram três carros bombas que seriam usados para atacá-las. Autoridades relatam que moradores da cidade estenderam bandeiras brancas em janelas e edifícios, sinalizando que não resistiriam à entrada do Exército.

    Após o avanço das forças de segurança, o premiê do Iraque, Haider al-Abadi, exigiu que os combatentes do EI em Mossul se rendam.

    "Avançaremos sobre o Daesh por todos os lados e, se Deus quiser, vamos cortar a cabeça da serpente", disse Abadi vestindo farda à mídia estatal em Shura, cidade ao sul de Mossul onde visitou soldados que participam da batalha. Daesh é um acrônimo em árabe usado para se referir ao EI.

    Segundo o mandatário, os extremistas "não terão saída, e não terão como escapar". "Ou morrem, ou se rendem."

    AVANÇO DESIGUAL

    Iniciada há duas semanas, a operação para expulsar os radicais do EI de Mossul realizou avanços desiguais em suas diferentes frentes de batalha.

    Enquanto a leste de Mossul as tropas iraquianas se posicionam nos arredores da cidade, no sul, a ofensiva tem sido mais lenta e o Exército ainda está a cerca de 35 quilômetros daquele bastião do EI.

    Batalha por Mossul

    Participam da batalha contra o EI em Mossul cerca de 30 mil combatentes do Exército iraquiano, das forças peshmerga curdas e de milícias árabes aliadas. A coalizão internacional liderada pelos EUA dá apoio técnico à ofensiva e realiza ataques aéreos contra posições do EI.

    Na semana passada, milícias árabes xiitas anunciaram que se juntariam à ofensiva, avançando sobre Mossul pelo oeste.

    A batalha por Mossul é estratégica para enfraquecer o EI. Quando a facção terrorista tomou controle da cidade, em junho de 2014, enfrentando pouca resistência das forças de segurança, ganhou acesso a armas abandonadas pelo Exército e aumentou sua capacidade de recrutar combatentes e arrecadar finanças.

    Com 1,5 milhão de habitantes, Mossul é a segunda maior cidade do Iraque. Teme-se que a ofensiva sobre a cidade deixe milhares de civis vulneráveis a deslocamentos forçados e a serem usados como escudos humanos pelos terroristas do EI.

    Editoria de Arte/Folhapress
    Tropas iraquianas avançam sobre Mossul
    Edição impressa

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024