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    Rússia rejeita conversas de paz na Síria e acusa Ocidente de apoiar terrorismo

    DIOGO BERCITO
    DE MADRI

    01/11/2016 08h39

    Sergei Shoigu, ministro russo da Defesa, afirmou nesta terça-feira (1º) que a retomada das negociações de paz na Síria foi adiada de maneira indefinida devido à atuação de extremistas apoiados pelas potências ocidentais.

    Rebeldes armados têm atacado civis em Aleppo, segundo Shoigu, a despeito do cessar-fogo temporário promovido pela Rússia e pelo regime do ditador sírio, Bashar al-Assad.

    Alexei Nikolskyi-17.nov.2015/Reuters
    Russian President Vladimir Putin (R) with Defence Minister Sergei Shoigu attend a meeting on Russian air force's activity in Syria at the national defence control centre in Moscow, Russia, November 17, 2015. Russia said on Tuesday it had stepped up air strikes against Islamist militants in Syria with long-range bombers and cruise missiles after the Kremlin said it wanted retribution for those responsible for blowing up a Russian airliner over Egypt. REUTERS/Alexei Nikolskyi/SPUTNIK/Kremlin ATTENTION EDITORS - THIS IMAGE HAS BEEN SUPPLIED BY A THIRD PARTY. IT IS DISTRIBUTED, EXACTLY AS RECEIVED BY REUTERS, AS A SERVICE TO CLIENTS. ORG XMIT: MOS11
    O ministro russo da Defesa, Serguei Shoigu (esq.), e o presidente Vladimir Putin, em foto de arquivo

    "Dessa maneira, o início de um processo de negociação e o retorno à vida pacífica na Síria estão adiados por um período indefinido", afirmou o ministro da Defesa. "Está na hora de nossos colegas ocidentais decidirem quem estão combatendo: os terroristas ou a Rússia."

    A retórica russa pode indicar a retomada, nos próximos dias, dos bombardeios sobre Aleppo.

    O conflito em Aleppo tornou-se, nos últimos meses, símbolo da barbárie na Síria. O Exército tem mantido a região leste da cidade sob cerco, impedindo o acesso a suprimentos. As Nações Unidas consideram essa estratégia como um crime de guerra.

    A situação é agravada por bombardeios russos, apesar de temporariamente interrompidos desde o dia 18. Navios de guerra, incluindo o único porta-aviões russo, estão se deslocando para a costa mediterrânea, e analistas supõem que serão utilizados para atacar Aleppo.

    O ministro da Defesa afirmou-se surpreendido pela recusa de alguns países europeus de permitir o reabastecimento da frota russa a caminho da costa Síria. A Espanha não permitiu que as embarcações fizessem escala em Ceuta, um território espanhol na costa do Marrocos.

    Ele disse, no entanto, que os contratempos não prejudicaram a missão naval.

    A Rússia é o principal aliado do ditador Assad. Sua participação no conflito sírio é fonte de atrito com o governo americano e a União Europeia, que apostam pela derrubada do regime sírio.

    Editoria de Arte/Folhapress
    ALEPPO CERCADA Regime sírio sufoca o leste da cidade, ocupado por rebeldes

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