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    Líder do Estado Islâmico conclama seguidores a resistirem em Mossul

    DAS AGÊNCIA DE NOTÍCIAS

    03/11/2016 09h23 - Atualizado às 16h43

    O líder da facção radical Estado Islâmico, Abu Bakr al-Baghdadi, divulgou nesta quinta-feira (3) uma mensagem exortando seus seguidores a resistir à investida das forças iraquianas em Mossul, maior cidade sob domínio dos extremistas no Iraque.

    "Não se retirem", diz uma voz apresentada como sendo a do líder extremista, em uma mensagem de áudio divulgada nesta pela Al-Furqan Media, braço de mídia do EI.

    "Manter-se firme com honra é mil vezes mais fácil do que se retirar com vergonha", declarou, em sua primeira mensagem em mais de um ano.

    AL-Furqan - 05.jul.2014/AFP
    Imagem de Abu Bakr al-Baghdadi, retirada de um vídeo divulgado em julho de 2014
    Imagem de Abu Bakr al-Baghdadi, retirada de um vídeo divulgado em julho de 2014

    Não fica claro quando a gravação foi produzida.

    "A todo o povo de Nínive, especialmente os combatentes, eu lhes digo que tenham cuidado com suas fraquezas na hora de enfrentar o inimigo", completou al-Baghdadi, referindo-se à província que tem Mossul como capital.

    Não se sabe o paradeiro do líder do EI, e há informações contraditórias sobre sua saúde e seus movimentos.

    Batalha por Mossul

    PRESENÇA CONSOLIDADA

    Tropas iraquianas consolidaram nesta quinta-feira sua presença nos bairros do extremo leste da cidade de Mossul. É a primeira vez que as forças do governo do Iraque pisam em Mossul desde 2014, quando os extremistas do EI tomaram a cidade.

    Segundo o tenente-general Talib Shaghati, mais de 5.000 civis fugiram desde quarta-feira (2) dos bairros de Gogjali, al-Karama and al-Samah, ocupados pelo Exército.

    Desde seu início, em 17 de outubro, a batalha pela retomada de Mossul já forçou o deslocamento de 22 mil moradores dessa cidade e de vilarejos na região, e aproximadamente metade deles recebeu abrigo em campos montados pelas autoridades, afirmou nesta quinta um porta-voz das Nações Unidas.

    A Unicef (fundo das Nações Unidas para a infância) disse que há ao menos 9.700 crianças dentre os deslocados, e que elas necessitam urgentemente de ajuda humanitária.

    Agências humanitárias temem que o deslocamento de centenas de milhares de moradores de Mossul agrave a crise humanitária na região.

    As tropas iraquianas contam com suporte aéreo e terrestre da coalizão liderada pelos Estados Unidos.

    Editoria de Arte/Folhapress
    Tropas iraquianas avançam sobre Mossul

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