Rodi Said - 27.mai.2016/Reuters | ||
Soldados das Forças Democráticas Sírias lançam morteiros em Raqqa |
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Mundo
Thursday, 02-May-2024 19:51:11 -03Sírios anunciam tentativa de retomar Raqqa, base do Estado Islâmico
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
06/11/2016 09h29 - Atualizado às 18h54
Forças sírias apoiadas pelos Estados Unidos anunciaram neste domingo (6) o início de uma campanha para retomar Raqqa, cidade síria considerada a capital na prática do Estado Islâmico.
"Começou a grande batalha para a libertação de Raqqa e sua província", afirmou um comandante das Forças Democráticas da Síria em entrevista a jornalistas em Ein Issa, ao norte da cidade tomada pelos terroristas.
"Primeiro faremos um esforço para isolar Raqqa, para criar o cenário para um eventual ataque à cidade", explicou um funcionário do goevrno americano à agência de notícias AFP que pediu para não ser identificado.
A iniciativa acontece três semanas depois que forças iraquianas, também apoiadas pelos EUA, iniciaram uma tentativa de retomar o controle de Mossul, igualmente dominada pelo EI.
As chamadas Forças Democráticas da Síria são compostas majoritariamente por sírios de origem curda da milícia YPG e consideradas pelos Estados Unidos como o mais efetivo grupo que luta contra o Estado Islâmico.
A organização, porém, é considerada como terrorista pela Turquia, que já disse que não aceitaria a participação dos curdos na luta contra o Estado Islâmico.
A ofensiva tem o apoio da França e da Inglaterra, além do americano.
COMPLEXIDADE
O anúncio foi feito desprovido de detalhes da estratégia para expulsar o grupo terrorista, que mantém cerca de 5.000 homens em Raqqa.
A operação é tida como mais complexa do que outras similares em cidades no Iraque, onde coalizões lideradas pelos Estados Unidos trabalham em conjunto com o governo em Bagdá.
No caso da Síria, todavia, Washington e os aliados dependem de forças locais árabes e curdas, algumas das quais rivais entre si.
A tensão é elevada ainda pela oposição entre as forças sírias e russas, de um lado, e turcas, de outro.
A iniciativa, ainda assim, é estratégica por aumentar a pressão sobre o Estado Islâmico, dificultando o deslocamento de tropas entre a Síria e o Iraque.
Raqqa, sob controle terrorista desde o início de 2014, é a cidade natal de alguns dos principais líderes do Estado Islâmico e vista como peça chave na luta para combater militarmente o grupo.
O EI já está sob ataque de forças iraquianas apoiadas pelos EUA na fronteira no leste de Mossul, que o grupo capturou dois anos atrás.
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