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    Após nova investigação, FBI reafirma que não processará Hillary por e-mails

    ISABEL FLECK
    ENVIADA ESPECIAL A CLEVELAND (OHIO)

    06/11/2016 19h20 - Atualizado às 00h05

    John Minchillo/Associated Press
    Democratic presidential candidate Hillary Clinton speaks at a campaign rally at Kent State University, Monday, Oct. 31, 2016, in Kent, Ohio.
    A candidata democrata à presidência Hillary Clinton durante campanha em Ohio

    Em uma nova carta ao Congresso, o diretor do FBI (polícia federal americana), James Comey, disse neste domingo (6) que a nova investigação sobre os e-mails da democrata Hillary Clinton não mudou a conclusão do órgão de que não há razões para processá-la.

    O anúncio, feito a apenas dois dias da eleição presidencial, foi um alívio para a campanha de Hillary, assombrada por esse fantasma desde o último dia 28, quando Comey enviou a primeira carta ao Congresso, informando sobre a nova análise.

    A democrata já tinha sido investigada pelo uso de um servidor privado de e-mail quando era secretária de Estado (2009-2013).

    O caso, porém, já parecia encerrado quando o FBI concluiu, em julho, que Hillary havia sido "extremamente descuidada", mas que não havia motivos para recomendar seu indiciamento.

    A investigação foi reiniciada quando e-mails de Hillary foram descobertos durante a apuração de um caso "não relacionado". As mensagens, contudo, pareciam "pertinentes à investigação", segundo Comey. Por conta disso, ele foi criticado por uma suposta interferência no andamento das eleições ao expor Hillary.

    O caso não relacionado em questão era a investigação sobre o ex-deputado democrata Anthony Weiner, ex-marido de Huma Abedine, braço-direito da democrata.

    Weiner, 51, é acusado de trocar mensagens e enviar fotos eróticas a uma menina de 15 anos.

    Neste domingo, Comey disse que a agência concluiu a revisão dos novos e-mails. "Não mudamos as conclusões que informamos em julho com respeito à secretária Clinton."

    Segundo ele, sua equipe "tem trabalhado intensamente na análise de um grande volume de e-mails". "Durante esse processo, nós revisamos todas as comunicações enviadas ou recebidas por Hillary Clinton enquanto ela era secretária de Estado."

    A revisão não detectou crime, e a polícia federal manteve sua recomendação de não acioná-la.

    No comício em Cleveland, Ohio, pouco depois do anúncio de Comey, a democrata preferiu não comentar o assunto durante os 20 minutos de discurso.

    No avião que a trazia para Ohio, contudo, sua equipe comemorou a notícia, segundo jornalistas a bordo.

    "Estamos felizes de ver que ele [Comey] confirmou –e nós estávamos confiantes de que iria– a conclusão que chegou em julho; estamos felizes que esse assunto se resolveu", disse a diretora de comunicação de Hillary, Jennifer Palmieri.

    Em Minnesota, Trump não falou diretamente sobre a nova carta de Comey. "Hillary Clinton estará sob investigação por muito tempo", disse.

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