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    Assange comemora repercussão do vazamento de e-mails de Hillary

    GIULIANA MIRANDA
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM LISBOA

    08/11/2016 16h36 - Atualizado às 16h52

    Responsável pelo vazamento de uma série de e-mails que abalaram a campanha de Hillary Clinton à Presidência dos EUA, o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, defendeu o interesse público da divulgação dos documentos e comemorou os desdobramentos do caso.

    "Independentemente do resultado das eleições presidenciais de 2016 nos Estados Unidos, a vitória real é do público americano, que está melhor informado devido ao resultado do nosso trabalho. Os americanos têm se envolvido completamente com as publicações do Wikileaks relacionadas às eleições, que já somam mais de cem mil documentos. Milhões de americanos se debruçaram sobre os vazamentos e compartilharam suas informações."

    Niklas Halle'n/AFP
    O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, que vive desde 2012 na Embaixada do Equador em Londres
    O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, que vive desde 2012 na Embaixada do Equador em Londres

    Assange reafirmou que sua organização não tem viés partidário e diz que só não publicou material sensível à candidatura de Donald Trump porque não obteve nada sobre o republicano.

    "Nós publicamos material que nos é enviado se ele for de importância política, diplomática, histórica ou ética e também se ele não tiver sido publicado em nenhum outro lugar", afirmou. "Nós não publicamos aquilo que não temos. Até o momento, nós não recebemos informação sobre a campanha de Donald Trump."

    Asilado na embaixada do Equador em Londres há mais de quatro anos, Assange se pronunciou nesta terça (8), dia das eleições americanas, através de um comunicado liberado por um de seus advogados, Juan Blanco, que participou em um dos painéis do Web Summit, conferência sobre internet que reúne mais de 50 mil pessoas em Lisboa nesta semana.

    Blanco reafirmou as dificuldades que Assange tem enfrentado recentemente após sua decisão de publicar os e-mails de Hillary Clinton. O governo do Equador confirmou que restringiu o acesso à internet do fundador do WikiLeaks, alegando um posicionamento de não intervenção nos assuntos de outros países.

    Para Assange, o vazamento das informações de Hillary Clinton –que incluíam uma série de discursos e comunicação interna que expunham com menos filtros a opinião política e econômica da democrata– fez com que ele sofresse pressões ainda de grupos poderosos, incluindo a Casa Branca.

    "A pressão veio dos aliados da campanha [de Hillary], incluindo a administração Obama e liberais que estão ansiosos para saber quem será eleito o próximo presidente dos EUA."

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