Olga Maltseva - 24.mai.2014/AFP | ||
O ministro da Economia da Rússia, Alexei Ulyukayev, em foto de arquivo |
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Mundo
Sunday, 19-May-2024 12:05:20 -03Ministro da Rússia é preso e acusado de receber US$ 2 milhões em propina
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
15/11/2016 09h41
O ministro da Economia da Rússia, Alexey Ulyukayev, 60, foi preso nesta terça (15) pela acusação de receber US$ 2 milhões (cerca de R$ 6,8 milhões) em propina. Ele foi pego em flagrante.
Ulyukayev teria recebido o dinheiro para facilitar a aprovação da compra da empresa de petróleo Bashneft pela petroleira estatal Rosneft. O negócio envolveu cerca de US$ 5 bilhões (R$ 17,2 bilhões).
Se for considerado culpado, ele pode receber pena entre oito e 15 anos de prisão. A investigação foi realizada pelo Serviço Federal de Segurança russo (FSB, sucessor da extinta KGB).
Segundo o Ministério Público russo, há suspeitas de que ele tenha cometido extorsão a executivos da companhia Rosneft, além de fazer ameaças.
"Uliukáyev foi flagrado com a mão na massa", disse Svetlana Petrenko, porta-voz do grupo de investigadores. A entrega do dinheiro teria ocorrido na segunda (14).
O ministro estava no cargo desde 2013. Ele não faz parte do círculo mais próximo do presidente Vladimir Putin, que é dominado por pessoas que defendem maior presença do Estado na economia, mas não é considerado um economista liberal.
O presidente da Rosneft, Igor Sechin, um dos homens mais poderosos da Rússia e próximo de Putin, fez forte lobby para que o governo aprovasse a compra da Bashneft, também uma estatal.
No entanto, o negócio era mal-visto por economistas liberais, ligados ao primeiro-ministro Dmitry Medvedev, que defendia a venda da empresa para investidores privados.
Inicialmente, Ulyukayev foi contra a proposta, mas acabou mudando de ideia e concordou com o negócio.
As autoridades revelaram que o ministro teve seu telefone grampeado e que suas comunicações on-line foram monitoradas.
Putin disse, por meio de seu porta-voz, que "são acusações sérias" e que "só a Justiça poderá dar um veredito".
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