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    Ministro da Rússia é preso e acusado de receber US$ 2 milhões em propina

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    15/11/2016 09h41

    Olga Maltseva - 24.mai.2014/AFP
    (FILES) This file photo taken on May 24, 2014 shows Russia's Minister of Economic Development Alexei Ulyukayev taking part in the Saint Petersburg International Economic Forum 2014 (SPIEF 2014) in Saint Petersburg Russia's Investigative Committee said on November 15, 2016 that it had detained Ulyukayev on suspicion of taking a two million USD bribe over a massive deal involving state-controlled oil giant Rosneft. / AFP PHOTO / Olga MALTSEVA ORG XMIT: MOW060
    O ministro da Economia da Rússia, Alexei Ulyukayev, em foto de arquivo

    O ministro da Economia da Rússia, Alexey Ulyukayev, 60, foi preso nesta terça (15) pela acusação de receber US$ 2 milhões (cerca de R$ 6,8 milhões) em propina. Ele foi pego em flagrante.

    Ulyukayev teria recebido o dinheiro para facilitar a aprovação da compra da empresa de petróleo Bashneft pela petroleira estatal Rosneft. O negócio envolveu cerca de US$ 5 bilhões (R$ 17,2 bilhões).

    Se for considerado culpado, ele pode receber pena entre oito e 15 anos de prisão. A investigação foi realizada pelo Serviço Federal de Segurança russo (FSB, sucessor da extinta KGB).

    Segundo o Ministério Público russo, há suspeitas de que ele tenha cometido extorsão a executivos da companhia Rosneft, além de fazer ameaças.

    "Uliukáyev foi flagrado com a mão na massa", disse Svetlana Petrenko, porta-voz do grupo de investigadores. A entrega do dinheiro teria ocorrido na segunda (14).

    O ministro estava no cargo desde 2013. Ele não faz parte do círculo mais próximo do presidente Vladimir Putin, que é dominado por pessoas que defendem maior presença do Estado na economia, mas não é considerado um economista liberal.

    O presidente da Rosneft, Igor Sechin, um dos homens mais poderosos da Rússia e próximo de Putin, fez forte lobby para que o governo aprovasse a compra da Bashneft, também uma estatal.

    No entanto, o negócio era mal-visto por economistas liberais, ligados ao primeiro-ministro Dmitry Medvedev, que defendia a venda da empresa para investidores privados.

    Inicialmente, Ulyukayev foi contra a proposta, mas acabou mudando de ideia e concordou com o negócio.

    As autoridades revelaram que o ministro teve seu telefone grampeado e que suas comunicações on-line foram monitoradas.

    Putin disse, por meio de seu porta-voz, que "são acusações sérias" e que "só a Justiça poderá dar um veredito".

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