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    Dois supostos guerrilheiros das Farc são mortos em 'combate'

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    16/11/2016 21h32 - Atualizado às 22h39

    Dois guerrilheiros apontados como integrantes das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) morreram "em combates" com o Exército da Colômbia, em meio ao cessar-fogo bilateral que está em vigor e às negociações de paz entre o governo e a organização.

    "Houve combates ao sul de Bolívar, e morreram guerrilheiros que, dizem, pertencem às Farc", afirmou o chefe negociador de paz do governo, Humberto de la Calle, à Caracol Televisión.

    Em nota, o Exército do país informou que um terceiro suposto insurgente foi capturado e manifestou que ele e os dois mortos pertencem à Frente 37 das Farc.

    Presidência da Colombia/Divulgação
    Farc e governo colombiano anunciam novo acordo de paz. Os rebeldes das Forças Armadas Revolucionarias da Colombia (Farc) e o governo colombiano anunciaram neste sabado (12), em Havana, um novo acordo de paz, apos o "nao" no referendo sobre uma versao anterior desse pacto para acabar com 52 anos de conflito armado no pais. Credito:Presidencia da Colombia/Divulgacao
    Farc e governo colombiano anunciam novo acordo de paz neste sábado (12), em Havana

    As forças militares afirmaram, no entanto, que a população da região do conflito apontou os guerrilheiros como integrantes do ELN (Exército de Libertação Nacional), a segunda organização guerrilheira na Colômbia.

    Os combates ocorreram após a assinatura, neste sábado (12), de uma nova versão do acordo de paz entre o governo do presidente Juan Manuel Santos e as Farc.

    A negociação de um acordo é feita há mais de quatro anos e pretende encerrar um conflito que ultrapassa cinco décadas e que já matou cerca de 250 mil pessoas.

    A primeira versão do histórico acordo foi assinada no mês de setembro, em Havana, mas rejeitada pelos colombianos, por margem estreita de votação, em um plebiscito realizado em outubro.

    Ao fechar o novo acordo com as Farc, no sábado, o presidente Santos destacou o quanto era indispensável "ter sucesso rapidamente no acordo renegociado" frente à vulnerabilidade do cessar-fogo.

    "O cessar-fogo é frágil. A incerteza gera receios e riscos de jogar esse imenso esforço no lixo", afirmou Santos.

    Jorge Restrepo, diretor do Cerac (centro que estuda a violência armada na Colômbia), afirmou que esta pode ser a primeira violação documentada do cessar-fogo bilateral nos últimos 80 dias.

    "Isso demonstra que apenas o desarmamento [da guerrilha] pode levar ao encerramento total das atividades criminais das Farc."

    O especialista alerta que os que se opuseram à primeira versão do acordo de paz devem perceber o que ele classifica como "enorme risco" de que o conflito se reinicie.

    Negociadores do governo afirmaram na terça (15) que o novo texto do acordo é "definitivo" e falta apenas definir como será referendado. Os que se opuseram ao primeiro texto defendem "ajustes".

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