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    Parentes de Maduro são condenados por tráfico de drogas nos EUA

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    18/11/2016 21h35

    Xinhua/Presidência da Venezuela
    (161113) -- CARACASA, noviembre 13, 2016 (Xinhua) -- El presidente venezolano, Nicolás Maduro, participa durante su programa "En Contacto con Maduro", en el Museo de Bellas Artes, en Caracas, Venezuela, el 13 de noviembre de 2016. El presidente de Venezuela, Nicolás Maduro, destacó durante su programa semanal el domingo los "buenos resultados" obtenidos durante el proceso de diálogo celebrado con la oposición local los días 11 y 12 de noviembre en Caracas. (Xinhua/Prensa Presidencial/AVN) (av) (vf) (fnc)
    O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, durante seu programa semanal de TV

    Dois sobrinhos da primeira-dama da Venezuela, foram condenados na sexta-feira (18) nos Estados Unidos por participar de um esquema multimilionário de envio de tráfico de drogas, como o objetivo de ajudar sua família a se manter no poder.

    Francisco Flores de Freitas, 31, e Efrain Antonio Campo Flores, 30, sobrinhos de Cilia Flores, mulher do presidente venezuelano Nicolás Maduro, foram condenados por um júri federal em Manhattan por conspiração para importar cocaína para os EUA.

    O caso trouxe embaraço a Maduro, que enfrenta crises política e econômica em seu país. Esse é um dos processos nos quais investigadores americanos buscam conexões entre indivíduos próximos ao governo da Venezuela e o tráfico de drogas.

    Ambos estão presos há um ano em Nova York. A sentença será anunciada em 7 de março.

    Freitas e Flores foram presos no Haiti em novembro de 2015 e enviados aos Estados Unidos, como parte de uma operação do DEA, o órgão dos EUA de combate às drogas.

    Os investigadores disseram que os dois homens planejaram usar um hangar presidencial na Venezuela para enviar 800 quilos de cocaína para Honduras, de onde a droga seria despachada para os EUA.

    De acordo com o DEA, os dois condenados disseram, em uma reunião gravada por informantes, que queriam o dinheiro para contrabalançar o suposto envio de verbas para opositores de Maduro por parte do governo dos EUA antes da eleição legislativa em dezembro de 2015.

    O partido de Maduro perdeu a maioria no Congresso depois daquela eleição.

    A defesa disse que nenhum dos dois pretendia enviar drogas aos EUA.

    David Rody, advogado de Freitas, disse aos jurados que boa parte das evidências vieram de um informante pago do DEA que fingiu ser membro de um cartel mexicano que, mais tarde, se declarou culpado por ser traficante.

    O informante, Jose Santos-Pena, fez uma espécie de delação premiada e denunciou os dois em troca da redução de sua pena.

    No entanto, depois que os advogados apresentaram evidências que Santos-Pena estava orquestrando tráfico de drogas de dentro da prisão, procuradores tomaram a decisão pouco comum de cancelar o acordo de cooperação dele.

    "Por que nos tívemos o espetáculo desse homem mentindo?", disse Rody em sua argumentação final. "Eu penso que a razão é simples: Eles precisavam dele."

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