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    Incêndios forçam 50 mil a deixar casas em Israel; premiê fala em 'terror'

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    24/11/2016 14h57 - Atualizado às 16h02

    Focos de incêndio florestal forçaram nesta quinta-feira (24) cerca de 50 mil moradores a saírem de suas casas em Haifa, cidade portuária no norte de Israel.

    Residentes compraram mantimentos nos supermercados e provocaram engarrafamentos ao tentar deixar a cidade. Escolas e universidades foram esvaziadas, e detentos foram transferidos para presídios em locais seguros. Algumas pessoas receberam atendimento médico por inalar fumaça.

    Bombeiros utilizaram aviões para tentar apagar as chamas. Aproximadamente 500 soldados da reserva foram mobilizados para participar das operações. Com 300 mil moradores, Haifa é a terceira maior cidade do país.

    Segundo a polícia, alguns dos focos de incêndio foram provocados de maneira criminosa, e suspeitos foram presos.

    O premiê de Israel, Binyamin Netanyahu, afirmou que os incêndios são resultado do "terror". Mais cedo, o ministro da Educação, Naftali Bennett, líder do partido ultraconservador Lar Judaico, afirmou que judeus não poderiam ter provocado as chamas, dando a entender que palestinos estariam por trás dos incêndios.

    A Autoridade Palestina, governo provisório que controla partes da Cisjordânia, ofereceu ajuda para apagar os incêndios, disponibilizando bombeiros. Países como Rússia, Chipre, Turquia, Croácia e Grécia também enviaram ajuda a Israel.

    As chamas começaram na manhã de terça (22) em localidades próximas a Jerusalém e, graças ao tempo seco e a fortes ventos, se espalharam para partes do centro e do norte de Israel, além de localidades na Cisjordânia.

    O chefe da polícia de Israel, Roni Alsheich, disse que as autoridades assumem que os incêndios, caso de fato tenham origem criminosa, sejam "politicamente motivados".

    A atual sequência de incêndios em Israel é a pior desde 2010, quando chamas queimaram por quatro dias e deixaram 42 mortos. Na ocasião, o fogo só foi apagado após a mobilização de aeronaves de combate a incêndio de países tão distantes quanto os Estados Unidos.

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