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    a morte de fidel

    Com salva de canhão e caravanas, Cuba inicia homenagens a Fidel

    FABIANO MAISONNAVE
    ENVIADO ESPECIAL A HAVANA

    28/11/2016 13h27 - Atualizado às 15h58

    Com uma salva de canhão às 9h locais (12h em Brasília), Cuba deu início, nesta segunda-feira (28), aos seis dias de despedida do líder cubano Fidel Castro.

    Desde as primeiras horas da manhã, alguns milhares de cubanos começaram a chegar à icônica Praça da Revolução, onde haverá homenagens até quarta-feira (30), quando o cortejo fúnebre começa uma peregrinação de 900 quilômetros até Santiago de Cuba.

    Ao contrário do previsto, a urna com as cinzas não estava exposta. Em seu lugar, seus admiradores passavam em fila diante de uma foto sobre um altar de Fidel jovem, vestido em uniforme militar e com mochila nas costas. Militares flanqueavam a imagem.

    A multidão reunia caravanas de funcionários públicos, pessoas que vieram por conta própria e simpatizantes estrangeiros, além de muitos jornalistas.

    Por questão de segurança, o acesso à praça foi restringido a algumas entradas, e grandes filas logo se formaram nos pontos de acesso sob o sol ameno do outono caribenho.

    Trajando o uniforme da Aduana cubana, Mario Betancourt, 73, chegou à praça com colegas de trabalho. Ele definiu o líder cubano como "escudo" do país. "Ouvir seus ensinamentos por 50 anos nos fez comunistas. E comunista significa muitas coisa, como deixar de ser egoísta."

    Para ele, nada muda com a sua morte, anunciada na noite de sexta-feira (25). "O partido tem o caminho traçado, não é ideia de um homem apenas", diz Betancourt que trabalha na Aduana há 30 anos e esteve no Exército.

    Mesmo mancando por causa de um problema no joelho, a aposentada Mercedes Soto, 65, caminhou sozinha à praça de sua casa, a algumas quadras. "Ele me inspirou a me tornar enfermeira. Antes, só ricos iam à universidade. Agora, meu espírito vai seguir com ele."

    Também havia um grupo de cerca de 30 veteranos da guerrilha de Fidel que tomou o poder em Cuba, em 1959.

    "Fidel deixou o futuro escrito. E para lá vamos", disse o veterano Hever Sánchez, 78. Em seguida, pergunta: "Lula vem?".

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