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    Após ameaças de Trump, Casa Branca defende reaproximação com Cuba

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    28/11/2016 20h37

    A Casa Branca rebateu nesta segunda-feira (28) críticas à reaproximação americana com Cuba e alertou contra as ameaças de que os Estados Unidos poderiam reverter o diálogo iniciado em 2014.

    A política de reaproximação com a ilha trouxe benefícios concretos não só aos cidadãos cubanos mas também aos americanos, afirmou nesta segunda (28) o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest.

    Essa nova política "oferece mais liberdade a cidadãos americanos para visitar Cuba, ou enviar dinheiro para membros de sua família em Cuba, ou participar de negócios. São coisas boas, são benefícios que os cidadãos americanos estão desfrutando".

    Nesta segunda (28), o presidente eleito Donald Trump ameaçou frear a aproximação iniciada por Barack Obama há dois anos –e selada com a visita do presidente americano a Cuba, em março.

    No final de semana, membros da equipe do republicano já haviam cobrado mudanças no regime cubano e garantias para poder manter o diálogo com o regime.

    Entre as cobranças estavam uma maior abertura econômica, libertação de presos políticos e garantia de liberdade religiosa e de expressão.

    Segundo Trump disse nesta segunda (28), se Cuba não estiver disposta a negociar "um acordo melhor", ele poderá "pôr um ponto final" ao processo de reaproximação depois que tomar posse, em janeiro do próximo ano.

    Para Earnest, porém, os críticos da atual política de aproximação "estão dando voltas, tentando justificar sua lealdade a uma política obviamente fracassada de isolamento de Cuba, que nunca teve nenhum resultado".

    "Os críticos da atual política sugerem que, de alguma forma, os Estados Unidos fizeram um pacote de concessões ao governo cubano. Isso é equivocado. Não há concessões", afirmou Earnest.

    O porta-voz da Casa Branca afirmou que "dar declarações ruidosas e iniciar um caso de recriminações mútuas amarradas ao passado não faz nem a democracia nem a liberdade avançarem, nem expande oportunidades".

    EM CURSO

    A Casa Branca defendeu ser improvável que a morte de Fidel Castro altere a reaproximação, já que várias medidas foram colocadas em prática, como o retorno de voos regulares de passageiros entre os EUA e a ilha (o primeiro viajou nesta segunda).

    "Desfazer isso é muito mais complicado que apenas uma canetada", disse Earnest. "Não é tão simples como um tuíte pode fazer parecer."

    A Casa Branca alertou, também, para o potencial negativo econômico em se tentar frear a reaproximação.

    O porta-voz acrescentou que cada presidente que ocupa a Casa Branca deve se perguntar se "estaremos ancorados no passado, ou se vamos olhar para o futuro. Isso não significa ignorar o passado, mas fazer com que o passado não interfira em nossa capacidade de fazer progressos".

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