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    Exército sírio conquista mais um bairro rebelde em Aleppo

    DA AFP

    05/12/2016 08h10

    O exército sírio assumiu nesta segunda-feira (5) o controle de um novo bairro rebelde de Aleppo e domina agora dois terços da zona leste da segunda maior cidade da Síria, informou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

    As tropas sírias conquistaram o bairro de Qadi Askar, que era controlado pelos rebeldes desde 2012, indicou o OSDH.

    Nos últimos dias, as forças do regime já haviam conquistado os bairros de Karam al-Myessar, Karam al-Tahhan e Karam al-Qatarji.

    Reuters
    Soldado das forças do governo sírio faz sinal de vitória em Aleppo
    Soldado das forças do governo sírio faz sinal de vitória em Aleppo

    Agora o exército cerca completamente o bairro de Shaar, segundo a ONG. Muitos civis fugiram com o avanço dos soldados.

    A tomada de Shaar permitiria ao governo retomar o controle de 70% da área de Aleppo que estava sob poder dos rebeldes.

    A metrópole do norte da Síria, que já foi a capital econômica do país, estava dividida desde 2012 entre os bairros da zona oeste, controlados pelo governo, e os bairros da zona leste, nas mãos dos rebeldes.

    O exército do presidente sírio Bashar al-Assad iniciou uma grande ofensiva em 15 de novembro para reconquistar a totalidade da cidade.

    Durante a noite, os moradores do leste de Aleppo apagaram as luzes de suas casas para tentar evitar que se transformassem em alvos dos bombardeios.

    Ao menos 319 civis morreram, incluindo 44 crianças, desde o início da ofensiva síria contra os bairros rebeldes, afirmou o OSDH.

    Na zona sob controle do governo, a artilharia rebelde matou 69 civis, incluindo 28 crianças.

    Cercados há quatro meses, os moradores dos bairros rebeldes sofrem com a falta de mantimentos e remédio.

    Os bombardeios do governo e da aviação russa destruíram quase toda a infraestrutura médica.

    Nesta segunda-feira, o Conselho de Segurança da ONU deve pronunciar-se sobre um projeto de resolução de cessar-fogo de sete dias na Síria para facilitar o acesso à ajuda humanitária aos bairros da zona leste.

    Mas não há certeza de que a Rússia, aliada da Síria e que dispõe do direito de veto, permitirá a aprovação da resolução.

    O projeto de resolução foi redigido por Egito, Nova Zelândia e Espanha, que preside o Conselho de Segurança no mês de dezembro, após longas negociações com a Rússia, que se mostra muito reticente.

    Desde o início em março de 2011, a guerra civil síria provocou a morte de mais de 300.000 pessoas.

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