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    Premiê da Itália renunciará nesta quarta após aprovação de orçamento

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    07/12/2016 12h42 - Atualizado às 16h46

    Alessandro Bianchi-5.dez.2016/Reuters
    Italian Prime Minister Matteo Renzi leaves at the end of media conference after a referendum on constitutional reform at Chigi palace in Rome, Italy, December 5, 2016.
    O premiê Matteo Renzi deixa entrevista coletiva na segunda (5)

    O premiê italiano, Matteo Renzi, renunciará às 19h (16h em Brasília) desta quarta-feira (7).

    "Nós não temos medo de nada, nem de ninguém. Se os outros querem novas eleições (...), que o digam, porque aqui a responsabilidade é de todos. O Partido Democrático não teme a democracia nem os votos", afirmou Renzi a parlamentares de sua legenda antes de se dirigir ao palácio presidencial para formalizar sua demissão.

    Mais cedo, o Senado italiano aprovou o orçamento de 2017, etapa prévia à demissão do chefe de governo.

    Após ter sua proposta de reforma constitucional derrotada em referendo, Renzi anunciou no domingo (4) que deixaria o cargo de primeiro-ministro.

    Na segunda (5), contudo, o presidente Sergio Mattarella pediu que Renzi adiasse sua renúncia para depois da aprovação do orçamento de 2017. Inicialmente, a votação estava programada para sexta-feira (9), mas foi antecipada.

    O premiê italiano havia proposto e defendido a reforma na Constituição, a maior mudança no texto desde a Segunda Guerra (1939-1945).

    Com sua ameaça de renunciar no caso de o referendo não ser aprovado, o voto passou a ser visto como uma maneira de punir o governo. O grau da derrota indica a dimensão da insatisfação.

    Renzi assumiu o cargo em 2014 como uma promessa política. Mas sua popularidade está em queda devido à persistência dos entraves econômicos, apesar das promessas do governo. O PIB (Produto Interno Bruto) deve crescer 0,8% durante ano.

    Com a renúncia de Renzi, o presidente terá que reunir os principais partidos para negociar um novo governo.

    Renzi, líder do Partido Democrático (centro-esquerda), ainda terá peso nessas negociações. Também participarão Silvio Berlusconi (Força Itália, centro-direita), membros do populista Movimento Cinco Estrelas e a Liga Norte, contrária à migração.

    O Cinco Estrelas e a Liga Norte, beneficiados pela derrota do premiê, pedem que haja eleições antecipadas.

    Eles têm pressa porque as leis eleitorais podem ser modificadas antes do pleito previsto para 2018, ameaçando suas ambições políticas. Com a lei atual, o vencedor das eleições recebe a maioria automática no Parlamento.

    Editoria de Arte/Folhapress
    REFERENDO NA ITÁLIAProposta de reforma constitucional foi rejeitada nas urnas

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