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    Secretário de Trabalho de Trump deve revisar políticas de Obama

    MARCELO NINIO
    DE WASHINGTON

    09/12/2016 00h10

    Drew Angerer - 19.nov.2016/Getty Images/AFP
    Andrew Puzder deixa encontro com o presidente eleito, Donald Trump, em Nova Jersey
    Andrew Puzder deixa encontro com o presidente eleito, Donald Trump, em Nova Jersey

    Em mais um movimento de repúdio às políticas de Barack Obama, o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, decidiu nomear o empresário Andrew Puzder como secretário do Trabalho.

    Presidente de uma empresa que opera redes de lanchonetes fast-food, Puzder é um crítico feroz das proteções trabalhistas implementadas por Obama e contrário ao aumento do salário mínimo.

    Assessor de Trump na campanha, Puzder tem opiniões firmes e gosta de expô-las em aparições nos programas de entrevistas, em seu blog e em artigos na imprensa, quando deixava claro que não era fã das políticas de Obama.

    Para ele, ampliar os direitos trabalhistas, como horas extras, acaba sendo algo prejudicial para o trabalhador.

    "Pagamento de hora extra tem que vir de algum lugar, mais provavelmente de horas, salários e bônus reduzidos", justificou Puzder em um artigo no "Wall Street Journal" em 2014.

    Durante a campanha, ele reforçou as promessas de Trump de cortar regulações que travam os negócios.

    Andrew Puzder, 66, é CEO da CKE Restaurantes, operadora de cadeias de fast-food como Hardee's, que ele reergueu após assumir, em 1997.

    Com alguém com tal perfil como secretário do Trabalho, ficam em risco políticas centrais do "legado" de Obama, como a anunciada no início do ano, ampliando o pagamento de horas extras a 4,2 milhões de trabalhadores.

    A nomeação de Pruzder vazou para a imprensa pouco depois da confirmação de outro nome polêmico no gabinete de Trump, o advogado Scott Pruitt, para chefiar a Agência de Proteção Ambiental (EPA, na sigla em inglês).

    Pruitt vê com ceticismo as políticas contra as mudanças climáticas e como procurador-geral do Estado de Oklahoma, rico em petróleo, ele fez carreira combatendo a agência que irá chefiar.

    "Durante tempo demais, a EPA gastou o dinheiro do contribuinte americano em uma agenda antienergia fora de controle que destruiu milhões de empregos", disse Trump em um comunicado.

    Rivais democratas e grupos ambientalistas prometeram fazer o possível para que Pruitt não seja aprovado no Congresso, onde os republicanos têm maioria. Para o senador Sheldon Whitehouse, dar a agência responsável por lidar com a crise climática a um aliado da indústria do óleo e gás "satisfaz qualquer definição de corrupção no governo". Seth Gladstone, do grupo ambientalista Food & Water Watch, disse que os ativistas estão "totalmente mobilizados" para tentar bloquear Pruitt. "Vamos apelar ao senso de obrigação moral dos senadores de proteger o planeta e a saúde humana."

    RECONTAGEM DE VOTOS

    Um juiz federal norte-americano revogou na quarta (7) sua ordem exigindo que o Estado de Michigan realizasse uma recontagem de votos da eleição presidencial dos EUA.

    O magistrado vinculou sua decisão a uma determinação do tribunal estadual que considerou que a candidata do Partido Verde, Jill Stein, não possuía legitimidade para requisitar uma nova análise das cédulas eleitorais.
    Na eleição de 8 de novembro, os 16 votos do Estado no Colégio Eleitoral foram para o republicano Donald Trump.

    Além de Michigan, Stein está tentando a recontagem na Pensilvânia e Wisconsin.

    Os três Estados foram a chave para a vitória de Trump. É extremamente improvável que as recontagens mudem o resultado da eleição. Mas Stein, que obteve apenas cerca de 1% dos votos, disse que são necessárias para garantir a integridade dos sistemas de votação.

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