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    Presidente da Colômbia diz que Nobel é incentivo para acordo com as Farc

    DA FRANCE-PRESSE

    09/12/2016 12h02

    O presidente colombiano Juan Manuel Santos afirmou nesta sexta-feira (9), em Oslo, capital da Noruega, que a distinção concedida a ele é um grande incentivo para obter o novo acordo com a guerrilha das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia). Santos foi ao país europeu para para receber o Prêmio Nobel da Paz

    "Este prêmio foi como um presente dos céus e é um enorme incentivo para conseguirmos este novo compromisso". A primeira tentativa de acordo foi rejeitada em plebiscito realizado em outubro.

    Juan Manuel Santos recebe neste sábado o Nobel da Paz por seus esforços de pacificação de seu país, mergulhado em um conflito armado de mais de 50 anos e que causou 260.000 mortos.

    TOBIAS SCHWARZ/AFP PHOTO
    Presidente colombiano, Juan Manuel Santos, fala sobre receber o Prêmio Nobel da Paz, em Oslo, na Noruega
    Presidente colombiano, Juan Manuel Santos, fala sobre receber o Nobel da Paz, em Oslo, na Noruega

    O líder colombiano estará acompanhado por uma delegação de 30 pessoas, entre familiares, funcionários do governo e representantes das vítimas do conflito.

    A delegação terá a ex-candidata presidencial Ingrid Betancourt e a representante da Câmara, Clara Rojas, ambas sequestradas em 2002 pela guerrilha das Farc e libertadas em 2008.

    "Receberei o Prêmio Nobel de Paz em nome dos colombianos, mas especialmente em nome das vítimas do conflito", declarou Santos.

    Santos, 65 anos, é o primeiro colombiano e o sexto latino-americano a conseguir essa distinção, que é concedida desde 1901. Ele receberá na capital norueguesa uma medalha de ouro, um diploma e um cheque de 8 milhões de coroas suecas (aproximadamente R$ 2,95 milhões).

    O presidente colombiano já anunciou que doará esta quantia para ajudar às vítimas do conflito armado, que durante meio século envolveu guerrilhas, paramilitares e soldadores regulares, deixando milhares de desaparecidos e mais de seis milhões de deslocados.

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