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    Senado da Itália dá voto de confiança a Paolo Gentiloni como premiê

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    14/12/2016 14h29

    O Senado da Itália deu nesta quarta-feira (14) o voto de confiança ao novo premiê, Paolo Gentiloni. Escolhido após a renúncia de Matteo Renzi, a previsão é que ele governe o país até maio de 2018.

    Gentiloni recebeu 169 votos a favor e 99 contrários, um dia depois que ele foi respaldado pela Câmara por 368 a 105. Com a aprovação no Senado, ele consegue a investidura definitiva no cargo três dias depois de ter sido apontado.

    Alessandro Bianchi/Reuters
    O novo primeiro-ministro da Itália, Paolo Gentiloni, discursa ao Senado antes da votação da confiança
    O novo primeiro-ministro da Itália, Paolo Gentiloni, discursa ao Senado antes da votação da confiança

    A aprovação acontece a tempo de ele participar a reunião do Conselho Europeu, nesta quinta (15) em Bruxelas. Ele foi apontado depois que Renzi deixou o cargo pela derrota no referendo que alteraria a Constituição italiana.

    Dentre as medidas, estavam a diminuição do Senado, que passaria a ter cem cadeiras em vez das 315 atuais, e a Casa não poderia mais aprovar novas leis, salvo casos como alterações na Constituição. A proposta foi rejeitada com 60% dos votos.

    O resultado foi interpretado como uma rejeição ao próprio governo de Renzi, visto como incapaz de resolver os entraves na economia. O PIB (Produto Interno Bruto) italiano deverá crescer 0,8% neste ano.

    Ministro das Relações Exteriores de Renzi e filiado ao Nova Democracia, partido do ex-premiê, Gentiloni prometeu recuperar a economia do sul da Itália e reconstruir a região afetada pela série de terremotos iniciada em agosto.

    No campo político, seu principal objetivo é tentar aprovar a nova lei eleitoral. Porém, deverá encontrar a resistência de partidos radicais, como o Movimento Cinco Estrelas, de esquerda, e a Liga Norte, de extrema direita.

    Os dois partidos criticaram principalmente a manutenção dos ministros do gabinete de Renzi. Ele apenas trocou os nomes entre as pastas -como Angelino Alfano, que passou à Chancelaria, cargo deixado por Gentiloni.

    Outro nome criticado é Pier Paolo Padoan, atual ministro de Economia. Apontado por Renzi para tentar recuperar o crescimento econômico, ele deve manter a estratégia, considerada fracassada pela oposição.

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