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    Pequim apreende drone dos EUA no mar do Sul da China, diz Pentágono

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    16/12/2016 17h06 - Atualizado às 22h33

    A Marinha chinesa apreendeu um submarino americano não tripulado no Mar do Sul da China, gerando um protesto diplomático formal e uma demanda americana por sua devolução.

    O incidente, o primeiro deste tipo, ocorreu na quinta-feira (15) de dezembro a cerca de 35 km de Subic Bay, base naval americana localizada nas Filipinas, quando um navio americano estava prestes a retirar o veículo não tripulado da água.

    A apreensão foi confirmada pelo Pentágono, que declarou que o drone custa cerca de US$ 150 mil (R$ 500 mil) e reclamou que a China se apropriou de objeto pertencente a militares americanos.

    "O drone estava conduzindo uma pesquisa militar legal", disse fonte do governo dos EUA, sem se identificar.

    "É nosso, está claramente marcado como nosso e queremos ele de volta. E queremos que nada assim volte a acontecer", declarou o porta-voz do Pentágono, Jeff Davis.

    Oficiais em atividade no navio americano disseram que o drone estava a apenas 500 metros quando foi interceptado pelos chineses. Os americanos imediatamente cobraram sua devolução, mas o navio chinês não respondeu.

    Os Estados Unidos protestou formalmente pela apreensão por canais diplomáticos e exigiram que a China devolva o drone. A China reconheceu o ocorrido, mas não respondeu.

    O drone era parte de um programa de conhecimento público para coletar dados oceanográficos, incluindo a salinidade, a temperatura e a transparência da água a fim de mapear os canais submarinos. O veículo não tripulado era operado por civis, embora pertença à Marinha.

    A salinidade e temperatura da água são fatores determinantes na propagação do som no mar. Seu conhecimento preciso é essencial para o uso de sonares para submarinos ou para ocultar o ruído quando em movimento.

    A apreensão vai aumentar a preocupação internacional com a crescente presença militar chinesa no disputado Mar do Sul da China.

    Editoria de arte/Folhapress
    A DISPUTAChina, Filipinas, Taiwan, Maalásia e Vietnã disputam pequenos territórios e direitos sobre áreas do Mar do Sul da China

    O incidente se torna ainda mais sério por ocorrer em meio a tensão entre a China e o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, que levantou dúvidas sobre a tradicional política americana de reconhecer Taiwan como parte de "uma única China".

    O embaixador chinês nos EUA disse que Pequim não vai voltar a negociar soberania nacional e integridade territorial com Washington.

    Grandes áreas do mar do Sul da China são reivindicadas por países vizinhos (China, Filipinas, Vietnã etc).

    Nos últimos tempos, a China construiu uma série de bases em ilhotas na zona para apoiar militarmente as suas reivindicações, enquanto os americanos patrulham regularmente essas instalações em nome da defesa da liberdade de navegação nesta área estratégica.

    editoria de arte/folhapress
    Ilha spratly depois
    Imagem das ilhas Spratly antes (1ª foto) e depois de a China começar a construir no local (2ª foto)
    Ilha spratly antes
    Ilha spratly antes
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