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    Israel diz que 'reduziu' relações com países contrários a assentamentos

    DA FRANCE-PRESSE

    27/12/2016 10h53

    Israel afirmou nesta terça-feira (27) que "reduziu" suas relações com países que votaram a favor da resolução da ONU contra seus assentamentos nos territórios palestinos ocupados.

    O ministro do Exterior de Israel, Emmanuel Nahshon, declarou que seu país tinha "reduzido temporariamente" visitas e trabalhos com as embaixadas em questão.

    "Até nova ordem, vamos limitar nossos contatos com as embaixadas em Israel e evitar os movimentos das autoridades israelenses nesses países e a vinda de seus líderes", disse à AFP, em referência aos países membros do Conselho de Segurança que votaram na sexta-feira em favor da resolução da ONU.

    Em represália, Israel retirou seus embaixadores na Nova Zelândia e em Senegal e cancelou seu programa de ajuda neste país da África Ocidental.

    Nesta terça-feira, Israel também informou Angola sobre o congelamento de seu programa de ajuda, segundo Naasson.

    Os países não podem vir "a Israel para aprender sobre combate ao terrorismo, ciberdefesa, tecnologias agrícolas, e, em seguida, fazer o que quiserem na ONU", declarou à rádio militar a vice-ministra das Relações Exteriores, Tzipi Hotovely.

    Marc Israel Sellem - 9.fev.2016/Efe
    O primeiro-ministro Binyamin Netanyahu vistoria cerca construída por Israel na fronteira com a Jordânia
    O primeiro-ministro Binyamin Netanyahu vistoria cerca construída por Israel na fronteira com a Jordânia

    Contudo, ela lamentou que o cancelamento das viagens de líderes estrangeiros, Israel pode perder a oportunidade de explicar a sua posição.

    Segundo a imprensa israelense, o primeiro-ministro Binyamin Netanyahu, que também oficia como ministro das Relações Exteriores, pediu a seus funcionários que reduzam o tanto quanto possível suas viagens aos países que votaram a favor da resolução.

    O Conselho de Segurança da ONU aprovou a medida na sexta-feira, depois de que os Estados Unidos se abstiveram, não usando seu direito a veto em apoio ao seu aliado mais próximo no Oriente Médio.

    Trata-se da primeira resolução a ser adotada desde 1979 para condenar Israel por sua política de assentamentos.

    A resolução exige que "Israel cesse imediata e completamente os assentamentos nos territórios palestinos ocupados, incluindo Jerusalém Oriental".

    Representantes de 10 dos 14 países membros do Conselho de Segurança que votaram a favor do texto, bem como o embaixador dos Estados Unidos, foram convocados no domingo ao ministério das Relações Exteriores de Israel para esclarecimentos.

    Pelo menos duas viagens foram canceladas ou adiadas até o momento, incluindo a prevista para esta semana em Israel do primeiro-ministro da Ucrânia.

    Há também relatos de que Netanyahu cancelou uma reunião com a primeira-ministra britânica Theresa May no Fórum Econômico Mundial, em Davos (Suíça), em janeiro, mas isso não foi confirmado por fontes oficiais.

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