O vice-primeiro-ministro da Turquia, Veysi Kaynak, afirmou em entrevista a uma emissora de TV turca nesta quinta-feira (5) que o principal suspeito do ataque a uma casa noturna de Istambul no Ano-Novo é provavelmente da etnia uigur.
Essa etnia é uma minoria que fala turco, na maioria muçulmanos, que ocupam uma área do oeste da China e têm comunidades em diáspora espalhadas por países da Ásia Central e na Turquia.
A mídia turca vem relatando há alguns dias que o principal suspeito de ser o atirador seria um cidadão do Quirguistão —país da Ásia Central—, mas a informação não foi confirmada pelas autoridades.
Kaynak disse ainda que os serviços de segurança da Turquia já estabeleceram o paradeiro do atirador e suas conexões, mas não informou detalhes.
Na manhã desta quinta, a polícia turca realizou uma operação em uma cidade litorânea a oeste de Istambul e prendeu novos suspeitos de ligação com o atentado que deixou 39 mortos e quase 70 feridos na casa noturna Reina.
O número de detidos em um condomínio em Selimpasa não foi informado —a polícia já tem em custódia ao menos 39 pessoas, incluindo 11 mulheres, sob suspeita de vínculo com o ataque. Segundo a imprensa turca, há uigures entre os presos na operação desta quinta.
A milícia terrorista Estado Islâmico reivindicou responsabilidade pelo ataque, afirmando ter sido uma vingança pela envolvimento militar turco na Síria.
Relatos da imprensa turca afirmam que o atirador teria recebido treinamento de guerrilha na Síria.
A série de ataques terroristas ocorridos no último ano em solo turco levou a um esvaziamento do turismo.
A crise política e o expurgo instaurado pelo governo após a tentativa de golpe militar, em julho passado, também afeta o país.