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    Rússia interferiu em eleições, diz diretor de inteligência dos EUA

    DE SÃO PAULO

    05/01/2017 16h06 - Atualizado às 16h50

    Jim Watson/AP
    O diretor nacional de Inteligência dos EUA, James Clapper, fala ao Senado
    O diretor nacional de Inteligência dos EUA, James Clapper, fala ao Senado

    O diretor nacional de Inteligência dos Estados Unidos, James Clapper, afirmou nesta quinta-feira (5) que tem um nível de certeza alto de que a Rússia hackeou instituições e pessoas ligadas ao Partido Democrata e que o país disseminou informações e notícias falsas durante as eleições presidenciais dos EUA.

    "Nossa avaliação é agora ainda mais incisiva do que antes", disse ele em depoimento ao Comitê de Forças Armadas do Senado.

    Clapper disse ainda que a Rússia tem uma "longa história" de tentar interferir em eleições, mas que autoridades nunca haviam visto esforços como os que o país fez durante as eleições de 2016.

    O diretor disse que "os russos têm uma longa história de interferir em eleições, nas deles mesmos e dos outros... Isso vem desde os anos 1960, desde o auge da Guerra Fria".

    "Não acho que alguma vez tenhamos visto uma campanha mais agressiva e direta para interferir em nosso processo eleitoral do que nesse caso", afirmou ele, referindo-se às eleições presidenciais do ano passado.

    O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, vem criticando as conclusões das agências de inteligência dos EUA sobre a interferência de hackers russos nas eleições. Nesta quarta (4), ele tuitou que Julian Assange, fundador do WikiLeaks, responsável pelo vazamento dos e-mails, havia afirmado que esta organização não recebeu a informação por parte da Rússia.

    Clapper disse ao Congresso que acredita que informação divulgada por Assange colocou vidas em risco e que o fundador do Wikileaks não tem credibilidade. O Wikileaks acusou Clapper de mentir ao Congresso.

    Trump será informado nesta sexta (6) pelos diretores da CIA, do FBI e por Clapper sobre a investigação a respeito dos hackers russos, quando receberá o relatório completo sobre o caso, já mostrado a Barack Obama. Clapper disse que uma versão não-confidencial do relatório será divulgada na próxima semana.

    Depois de fazer frequentes críticas às agências de inteligência, Trump disse nesta quinta que "a mídia mente para fazer parecer que eu sou contra a 'inteligência', quando na verdade sou um grande fã".

    CYBERGUERRA

    O diretor de inteligência também afirmou que armas para deter hackers estrangeiros não funcionam e que essas "cyberarmas" são diferentes de armas nucleares, pois são efêmeras.

    Durante a campanha presidencial, Trump disse várias vezes que desenvolveria armas cibernéticas para atacar hackers e deter e responder a cyberataques.

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