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    Departamento de Justiça dos EUA acusa polícia de Chicago de violência

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCAIS

    13/01/2017 16h02

    O Departamento de Justiça dos Estados Unidos alertou a polícia de Chicago pelo frequente uso excessivo da força, pela tolerância de condutas racistas e pelo abafamento de denúncias de má conduta.

    As críticas contra a corporação estão contidas em relatório lançado nesta sexta-feira. O documento de 161 páginas é resultado de 13 meses de uma investigação sobre direitos civis lançada após protestos ocorridos naquela cidade contra o assassinato de um jovem negro por um policial branco.

    Tannen Maury - 24.dez.2015/Efe
    THM10. CHICAGO (IL, EE.UU.), 24/12/2015.- Manifestantes marchan, gritan consignas, bloqueando calles y tiendas pidiendo la renuncia del alcalde de Chicago Rahm Emanuel hoy, jueves 24 de diciembre de 2015, a lo largo de la avenida Michigan, en Chicago (IL, EE.UU.). Los activistas convocaron la manifestación en la víspera de Navidad, para mostrar descontento por el manejo de la investigación sobre el tiroteo de la policía del adolescente Laquan McDonald. EFE/TANNEN MAURY ORG XMIT: THM10
    Manifestantes pedem renúncia de prefeito de Chicago após morte de jovem negro, em 2015

    O relatório diz que o uso excessivo da força inclui práticas como atirar em suspeitos em fuga e utilizar armas de choque contra crianças. As autoridades de Chicago se comprometeram a buscar soluções para os problemas apontados pelo governo federal.

    "Com base nesta extensa investigação, o Departamento de Justiça concluiu que há motivos suficientes para acreditar que o Departamento de Polícia de Chicago promove um padrão de práticas de uso excessivo da força, violando a quarta emenda à Constituição", afirmou em entrevista coletiva a secretária de Justiça, Loretta Linch.

    Adotada em 1792, a quarta emenda constitucional estabelece que os cidadãos americanos devem ser protegidos de "buscas e apreensões despropositadas".

    Em novembro de 2015, uma série de protestos se seguiu à divulgação de um vídeo de um incidente ocorrido mais de um ano anos em que Jason Van Dyke, um agente branco da polícia de Chicago, aparece disparando à queima roupa 16 vezes contra Laquan McDonald, um adolescente negro. O policial chegou a ser condenado à prisão por homicídio doloso, mas foi liberado após pagar fiança.

    O relatório contra a polícia de Chicago foi anunciado alguns dias depois de a cidade de Baltimore, no Estado de Maryland, acatar à recomendação do Departamento de Justiça para mudar a forma como policiais fazem uso da força e transportam detentos.

    Há cerca de dois anos, Baltimore também registrou protestos após a morte de um cidadão negro sob custódia da polícia.

    O Departamento de Justiça tem acelerado investigações sobre a conduta de policiais a fim de concluí-las antes da posse do presidente eleito, Donald Trump, marcada para 20 de janeiro. Durante a campanha eleitoral, o republicano demonstrou posição favorável à atuação das forças de segurança dos EUA.

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