Dois chineses uigures foram presos na Turquia, em conexão com o ataque contra uma boate em Istambul na noite de Ano-Novo matando 39 pessoas e reivindica pelo grupo Estado Islâmico, informou a imprensa turca.

Os dois suspeitos, identificados como Omar Assim e Abuliezi Abuduhamiti, foram presos e acusados de "pertencer a uma organização terrorista, comprar armas de fogo sem autorização e cumplicidade na morte de 39 pessoas", informou neste sábado (14) a agência de notícia pró-governo Anatólia.

Segundo a agência, uma testemunha ocular na cidade de Konya, no sul da Turquia, viu Assim na companhia do suposto assassino da boate, cuja nacionalidade exata não foi confirmada e que ainda está foragido.

O chefe do ministério turco das Relações Exteriores, Mevlut Cavusoglu, havia anunciado na semana passada que o suposto assassino tinha sido identificado, sem revelar o nome nem sua nacionalidade, enquanto o vice-primeiro-ministro, Veysi Kaynak, declarou que ele era provavelmente de origem uighur.

Os uigures são uma maioria muçulmana de língua turca da região Xinjiang, no noroeste da China, no passado chamado de "Turquistão Oriental" e atualmente sob tutela da Pequim.

Os meios de comunicação informaram a possível existência de uma célula de jihadistas da Ásia Central e evocaram que o suposto assassino, cujo nome de guerra é Abu Mohammad Khorasani, teria se estabelecido em Konya em novembro com sua família.

Pelo menos 35 pessoas foram presas em conexão com o ataque, de acordo com a Anatólia.