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    Ex-senador colombiano é suspeito de ter recebido propina da Odebrecht

    DA AFP

    15/01/2017 07h43

    Paulo Whitaker/Reuters
    Sede da Odebrecht em São Paulo
    Sede da Odebrecht em São Paulo

    Autoridades colombianas prenderam neste sábado (14) o ex-senador Otto Nicolás Bula, suspeito de receber propina para favorecer contratos com a Odebrecht. Por meio de seu perfil no Twitter, a Procuradoria-geral colombiana deu a notícia.

    "Capturado ex-senador Otto Bula por caso Odebrecht. A Procuradoria-geral vai denunciá-lo por coautoria para dar, ou oferecer, e enriquecimento ilícito", informou.

    Segundo o órgão, Bula, do Partido Liberal, teria cometido uma "suposta violação do regime de trocas internacionais".

    A Procuradoria-geral acrescentou que "a sucursal da Odebrecht na Colômbia contratou, em 5 de agosto de 2013, Otto Nicolás Bula, mediante a modalidade de 'honorários por resultado, ou cota de êxito' com o objetivo de obter o contrato da via Ocaña-Gamarra, a favor da concessionária Rota do Sol S.A.S".

    A detenção de Bula é a segunda a acontecer na Colômbia por corrupção em contratos com a empreiteira brasileira. Na quinta-feira (12), já havia sido detido o ex-vice-ministro de Transportes Gabriel García Morales, que ocupou o cargo durante o governo de Álvaro Uribe (2002-2010).

    A Procuradoria-geral indicou que a Odebrecht pagou US$ 11,1 milhões em subornos na Colômbia por contratos públicos.

    No processo, a empresa brasileira solicitou um princípio de oportunidade, mostrando-se disposta a indenizar o Estado colombiano.

    Em dezembro, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos divulgou documentos sobre supostos subornos multimilionários da Odebrecht em nove países latino-americanos, entre eles a Colômbia, para obter contratos.

    Além do setor 2 da Rota do Sol, houve outros dois projetos executados pela Odebrecht na Colômbia, ambos durante o mandato do presidente Juan Manuel Santos: a via Porto Boyacá-Chiquinquirá (centro), concedida em abril de 2012; e outro para dar navegabilidade ao rio Magdalena, o afluente mais importante do país, licitada em agosto de 2014.

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