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    Fim do Obamacare pode deixar 18 milhões sem seguro, diz estudo

    MARCELO NINIO
    DE WASHINGTON

    17/01/2017 16h49

    Rhona Wise - 27.nov.2016/AFP
    (FILES) This file photo taken on November 27, 2016 shows a woman holding an Obama Care sign in front of a medical center in Miami. The Republican-led US Senate held a procedural vote early January 12, 2017 which set in motion the eventual rollback of The Affordable Care Act, President Barack Obama's signature healthcare reform bill. Votes were held on a fiscal-year budget reconciliation measure between the House and Senate, the legislative vehicle for repealing Obamacare. The measure passed by a vote of 51 to 48. / AFP PHOTO / RHONA WISE
    Placa em frente a centro médico de Miami diz 'Obamacare - última chance'

    Ao menos 18 milhões de pessoas perderão o seguro de saúde até 2018 nos Estados Unidos caso os republicanos levem à frente a promessa de desmontar reforma de saúde implementada pelo presidente Barack Obama sem um plano alternativo, prevê estudo divulgado nesta terça (17).

    O desmonte do Obamacare, como é conhecida a Lei de Saúde Acessível de 2010, já passou por uma primeira votação no Congresso dos EUA na semana passada e deve ganhar impulso após a posse presidencial de Donald Trump, na sexta (20). "Repelir e substituir" o Obamacare foi uma das principais promessas de Trump em sua campanha.

    Segundo o estudo do Escritório de Orçamento do Congresso (EOC), órgão não partidário, sem uma alternativa ao Obamacare o número de americanos sem seguro médico pode chegar a 32 milhões em dez anos. No mesmo período, estima a análise, o custo para segurados individuais dobraria.

    As previsões não são exatamente novas, mas o estudo do EOC reforça as incertezas em torno do esforço de desmontar uma das principais políticas do governo Obama, enquanto os rivais republicanos tentam assegurar que o novo plano será mais econômico para o país sem prejudicar a população.

    No último fim de semana houve vários protestos no país contra o fim da reforma implementada por Obama.

    Ocorre que entre os republicanos não há consenso sobre o melhor caminho, aumentando a preocupação de que o Obamacare seja repelido sem um substituto. Há poucos dias, Trump disse em entrevista ao jornal "Washington Post" que seu gabinete estava próximo de concluir um plano que dará "seguro a todos", mas sem entrar em detalhes.

    A estimativa do EOC leva em conta a expectativa de que dois pilares do Obamacare serão eliminados: a obrigatoriedade de ter um seguro médico para todos os cidadãos e a redução dos subsídios federais que ajudam pessoas de baixa renda a manterem a cobertura.

    De acordo com o site de checagem de fatos Politifact, hoje há 28 milhões de americanos sem seguro médico, contra 41,3 milhões em 2013, uma redução ocorrida sobretudo graças à expansão do acesso médico com o Obamacare.

    A divisão despertada pelo tema no Congresso também se reflete na opinião pública. A maioria é contra o plano (52%), de acordo com uma pesquisa recente do site Politico. Mas a mesma pesquisa mostra que 61% acreditam que o Obamacare não deve ser repelido até que haja uma alternativa para ser implementada imediatamente.

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