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    Atingido por escândalo, conservador francês diz que mantém candidatura

    DIOGO BERCITO
    DE MADRI

    06/02/2017 14h38

    O candidato conservador François Fillon anunciou na segunda-feira (6) que não irá abandonar a corrida presidencial francesa, a despeito do escândalo de corrupção pelo qual é investigado.

    O ex-premiê Fillon, do partido Republicanos, é acusado de empregar sua mulher para uma função pública que ela não exerceu. Fillon empregou também dois de seus filhos como advogados, segundo a mídia local.

    Eric Fererberg - 27.nov.2016/AFP
    French member of Parliament and candidate for the right-wing primaries ahead of the 2017 presidential elections, Francois Fillon, walks out out the voting booth in a polling station in Paris, on November 27, 2016, during the second round of the primary. France's conservatives hold final run-off round of a primary battle on November 27 to determine who will be the right- wing nominee for next year's presidential election. / AFP PHOTO / POOL / Eric FEFERBERG
    O presidenciável conservador francês, François Fillon, em cabine de votação, em Paris

    Ele se defendeu durante a tarde em uma entrevista coletiva, pedindo desculpas ao público francês por ter empregado familiares. O candidato insistiu, no entanto, que sua mulher de fato desempenhou a função de assistente parlamentar, pela qual foi paga por 15 anos.

    "Eu trabalhei por meu país sem jamais violar a lei", disse. O salário pago a sua mulher foi, segundo o conservador, "perfeitamente justificado" –em média, o equivalente a R$ 12 mil mensais.

    PERSPECTIVA

    Fillon afirmou que "uma nova campanha" começa agora, em meio às investigações, e que ele é vítima de uma perseguição política.

    Mas o conservador está perdendo terreno e, com a imagem danificada, deixa aos poucos de ser um dos favoritos para as eleições.

    O primeiro turno será em 23 de abril, com uma segunda rodada em 7 de maio.

    Uma pesquisa divulgada na segunda-feira aponta que o segundo turno será disputado pelo centrista independente Emmanuel Macron e pela ultra-direitista Marine Le Pen, da Frente Nacional.

    Segundo essa sondagem, Macron venceria o pleito com 65% dos votos versus os 35% recebidos por Le Pen.

    Esses números são recebidos na França, no entanto, com bastante cautela.

    As perspectivas para o segundo turno já foram alteradas diversas vezes nas últimas semanas. Houve várias outras surpresas, incluindo a própria candidatura de Fillon, que derrotou o ex-presidente Nicolas Sarkozy nas primárias da direita.

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