O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse neste domingo (12) que apresentará "políticas responsáveis" nas conversas com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sinalizando para a extrema-direita israelense que limite suas exigências territoriais na Cisjordânia ocupada.

Netanyahu viajará a Washington nesta segunda (13) e vai se reunir com Trump, na Casa Branca, na quarta (15), em seu primeiro encontro desde a posse do republicano. Na agenda, o conflito entre Israel e palestinos e as políticas sobre o Irã.

Durante a campanha eleitoral em 2016, Trump indicou que seu governo seria uma bênção para Israel e difícil para os palestinos, após uma relação complicada entre seu antecessor, Barack Obama e Netanyahu, que incluiu confrontos sobre a construção de assentamentos e o programa nuclear do Irã.

Mas desde então, Trump baixou o tom de seu discurso pró-Israel antes da visita de Netanyahu, uma mudança que pode ajudar o primeiro-ministro a manter em xeque os parceiros de coalizão ultranacionalistas que estão pedindo que faça pressão por uma agenda mais militante.

Em declarações públicas, Netanyahu pareceu pedir que a extrema-direita suavize suas expectativas. "Eu compreendo que há muita animação sobre esta reunião, mas minha preocupação principal é com a segurança de Israel e em fortalecer nossa sólida aliança com os Estados Unidos", afirmou o primeiro-ministro.