O presidente do Peru, Pedro Pablo Kuczynski, pediu ao americano Donald Trump para estudar a extradição do ex-presidente peruano Alejandro Toledo, considerado foragido, e agradeceu Israel por negar a entrada de Toledo.
O pedido foi feito durante conversa telefônica entre os dois mandatários no domingo (12).
Reprodução/Facebook/Ministerio del Interior del Perú | ||
A foto do ex-presidente Alejandro Toledo aparece em cartaz de procurado da polícia do Peru |
O governo Kuczynski acredita que Toledo, procurado por envolvimento em um escândalo de recebimento de propinas da empreiteira Odebrecht, está nos EUA, mas disse que os esforços para capturá-lo no território norte-americano se depararam com obstáculos legais.
Toledo disse em rede social que não fugiu do Peru, mas que não teve direito a um julgamento justo.
Toledo governou o país entre 2001 e 2005, período no qual o atual mandatário foi ministro das Finanças e primeiro-ministro.
Kuczynski não detalhou a reação de Trump a seu pedido. A Casa Branca não mencionou Toledo em uma transcrição da conversa e não respondeu a um pedido de comentário.
MANDADO DE PRISÃO
Na semana passada, um juiz peruano emitiu um mandado de prisão internacional para Toledo depois de procuradores o acusarem de receber um total de US$ 20 milhões em suborno da Odebrecht.
A queda do ex-presidente, outrora louvado como baluarte anticorrupção no Peru, é parte das repercussões cada vez mais abrangentes do maior escândalo de corrupção a assolar a América Latina.
Mas Washington quer que Lima forneça mais provas da causa provável antes de ordenar a extradição de Toledo dos EUA, afirmou o ministro do Interior peruano, Carlos Basombrio, à Reuters.
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos não quis comentar o caso.